Onça que matou caseiro deve ficar presa em cativeiro até morrer


Jorge Avalo foi morto por onça de 94kg
Reprodução

Jorge Avalo foi morto por onça de 94kg

A onça-pintada que atacou e matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, em uma área de mata no Pantanal sul-mato-grossense, não voltará mais à natureza. Segundo o veterinário Jorge Salomão, do Instituto Ampara Animal, em Amparo (SP), onde o animal está desde o resgate, a decisão é definitiva: a onça viverá o resto da vida em cativeiro.

Com cerca de 9 anos, o felino foi transferido há oito dias para o interior de São Paulo por orientação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP). De acordo com Salomão, o animal, batizado de Irapuã, apresenta bom estado de saúde e vem se adaptando à nova rotina.

“Desde que chegou, percebemos que ele é muito habituado com a presença humana. Ele não reage como outros animais da espécie, que costumam evitar contato. Ele encara, se aproxima. É um comportamento fora do padrão” , explicou o veterinário à CNN.

Ainda segundo Salomão, o felino está temporariamente em um recinto menor, mas deve ser transferido em breve para um espaço maior, mais adequado ao seu porte. A decisão de mantê-lo em cativeiro foi tomada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Relembre o caso

O ataque aconteceu no dia 22 de abril, em uma região conhecida como “Touro Morto”, a cerca de 150 quilômetros do município de Miranda (MS). Jorge Ávalo, que trabalhava como caseiro em um rancho local, foi encontrado morto a aproximadamente 280 metros da propriedade.

O desaparecimento foi percebido por um guia de pesca que havia ido até o local para comprar mel. Sem encontrar o caseiro, o homem avistou vestígios de sangue e pegadas de um animal de grande porte. A Polícia Militar Ambiental confirmou que a morte foi causada por uma onça-pintada.



IG Último Segundo