OAB do RJ suspende prazos de processos após operação


Sede da OAB-RJ, no centro do Rio de Janeiro
OAB-RJ/Reprodução

Sede da OAB-RJ, no centro do Rio de Janeiro

Após um dia marcado por intensos confrontos entre forças de segurança e traficantes, que resultaram em 64 mortos e 81 presos no Rio de Janeiro, o Tribunal de Justiça do Estado (TJRJ), o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1) e o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) suspenderam nesta terça-feira (28) os prazos processuais e o expediente forense.

A decisão foi tomada após solicitação da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OABRJ), diante da instabilidade na segurança pública causada pela megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão.

Segundo os tribunais, o TRF2 incluiu na medida as unidades da capital e as comarcas de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, São Gonçalo e Niterói.

O TRT1 estendeu a suspensão a todas as unidades administrativas e jurisdicionais do estado, enquanto o TJRJ aplicou a determinação às unidades da capital e da região metropolitana.

Em nota, as cortes informaram que a decisão busca “ preservar a integridade física e a segurança de todos os profissionais que atuam nos fóruns e unidades judiciárias ”.

Contexto da operação

A medida ocorreu após a megaoperação deflagrada pelas forças de segurança do estado contra o núcleo do Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio.

A ação, realizada em conjunto pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e pela Polícia Civil, mobilizou cerca de 2.500 agentes para cumprir 100 mandados de prisão.

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), esta é mais uma etapa da Operação Contenção, iniciativa voltada a conter a expansão territorial da facção. O órgão denunciou 67 pessoas por associação para o tráfico e outras três por tortura.

Entre os alvos estão Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, apontado como principal liderança do grupo, e outros três suspeitos identificados como Pedro Paulo Guedes (Pedro Bala), Carlos Costa Neves (Gadernal) e Washington Cesar Braga da Silva (Grandão).



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