O que se sabe sobre a queda do avião da Air Índia


Boeing 787‑8 Dreamliner poucos minutos após cair na India
Força de Segurança Central Industrial da Índia

Boeing 787‑8 Dreamliner poucos minutos após cair na India

O voo AI171 da Air India, operado por um Boeing 787‑8 Dreamliner com 242 pessoas a bordo, caiu nesta quinta-feira (12) poucos minutos após decolar do Aeroporto de Ahmedabad, na Índia.

De acordo com a polícia local, o acidente resultou em mais de 290 mortos, incluindo vítimas no solo, e apenas um sobrevivente confirmado até o momento: o britânico Vishwash Kumar Ramesh.

O que se sabe até o momento

Segundo a Air India, através de nota oficial divulgada na Rede Social X (antigo Twitter) dos 242 a bordo, há  241 vítimas fatais confirmadas e um único sobrevivente que está sendo tratado em um hospital. Entre as vítimas, 169 são indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense.

A aeronave, que deveria seguir viagem até Londres, subiu aproximadamente 190 metros antes de iniciar uma descida repentina. Durante a manobra, os pilotos emitiram um chamado de emergência (“Mayday”) e a aeronave colidiu contra construções localizadas nas proximidades do aeroporto.

Entre as áreas atingidas estavam residências e alojamentos estudantis de uma faculdade de medicina, o que contribuiu para o elevado número de vítimas fora do avião. Equipes de resgate atuam no local desde então, empenhadas em resgatar feridos, identificar os corpos e conter focos de incêndio nos destroços.

Investigação e detalhes sobre o ocorrido

Ahmedabad, maior cidade do estado de Gujarate, abriga 8 milhões de pessoas e tem um aeroporto cercado por bairros populosos. Após o acidente aéreo, o premiê Narendra Modi descreveu, em uma rede social, a tragédia como agustiante e indescritível, e afirmou:  “Neste momento triste, meus pensamentos estão com todos os afetados.” 

A companhia aérea Air India informou que ativou um centro de apoio às famílias das vítimas e prometeu colaborar integralmente com as investigações.

O governo indiano já mobilizou especialistas do Escritório de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB) para apurar as causas do desastre. Em conformidade com os protocolos internacionais, a Boeing — fabricante do modelo envolvido no acidente — também participará do processo investigativo.

A Air India, por sua vez, confirmou oficialmente o acidente e destacou que está colaborando com as autoridades. A companhia ativou um centro de emergência para atendimento aos familiares das vítimas e destacou equipes especializadas para prestar suporte emocional e logístico.

“Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para apoiar os afetados e auxiliar as autoridades nas investigações” , afirmou o presidente do conselho do Grupo Tata, proprietário da companhia, N. Chandrasekaran. Em nota, ele expressou “profundo pesar” pelo ocorrido e solidarizou-se com os familiares dos passageiros e tripulantes.

O aeroporto de Londres, Gatwick, que receberia o voo, também emitiu um comunicado manifestando condolências às famílias atingidas pela tragédia.

No cenário internacional, o acidente repercutiu com comoção. Governos de países como Reino Unido, Canadá e Portugal prestaram solidariedade às vítimas. O primeiro-ministro britânico e o rei Charles III expressaram choque diante do ocorrido, enquanto o premiê indiano classificou o episódio como “devastador” e reiterou o apoio total às equipes de resgate.

Tata Group anuncia indenização

O conglomerado indiano Tata Group, controlador da companhia aérea Air India, anunciou que oferecerá uma indenização de  10 milhões de rúpias indianas — o equivalente a aproximadamente R$ 650 mil — às famílias de cada uma das vítimas fatais.

A medida, divulgada por meio de comunicado oficial nas redes sociais do grupo, integra uma série de ações emergenciais anunciadas após o trágico acidente que deixou mais de 290 mortos e um único sobrevivente confirmado.

Além da compensação financeira, o grupo empresarial afirmou que custeará integralmente o tratamento médico dos feridos e colaborará com a reconstrução das edificações atingidas pela aeronave, incluindo os alojamentos estudantis de uma faculdade de medicina local, duramente afetados pela colisão.

“Não existem palavras que possam expressar com exatidão a dor e o luto que atravessamos neste momento. Nossos pensamentos e preces estão com todas as famílias que perderam entes queridos, assim como com aqueles que ficaram feridos” , declarou o grupo em nota.

Impacto global e questionamentos

A comunidade da aviação acompanha com atenção o desenvolvimento das investigações.  Este acidente é considerado uma das mais letais ocorrências envolvendo um Boeing 787 — aeronave moderna que, até então, nunca havia sido totalmente destruída em voo.

As conclusões da investigação poderão influenciar futuras normas e protocolos internacionais voltados à prevenção de acidentes e à resposta emergencial em casos similares.



IG Último Segundo