Não é preciso esperar fim da novela para saber o destino do vilão


Comitiva de senadores que foi aos Estados Unidos
Samyra Galvão/Gab. Senador Nelsinho Trad

Comitiva de senadores que foi aos Estados Unidos

Os sinais de que Donald Trump não vai recuar um milímetro da decisão de aplicar  tarifas de 50% sobre exportações brasileiras não estão nas declarações nas redes sociais ou mas entrevistas do secretário de Comércio dos Estados Unidos.

Não está também na série de  sanções que acaba de aplicar sobre o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Nem na postura do presidente Lula(PT) ou outros integrantes do governo acusando a agressão.

Está no semblante de derrota dos  senadores escalados para viajar em comitiva para os Estados Unidos e tentar sensibilizar os pares norte-americanos da importância das relações comerciais de mais de dois séculos entre os dois países.

No grupo, estavam dois ex-ministros de Jair Bolsonaro (PL): os senadores Marcos Pontes(PL) e Tereza Cristina(PP). Não dava sequer para chamar os negociadores de representantes do governo.

No fundo, talvez alguns deles tivessem a expectativa de conseguir dobrar o torniquete republicano e voltar para casa como heróis, trazendo na bagagem uma tarifa menos draconiana.

Não foi dessa vez, apesar do discurso de que nem tudo está perdido.
Basta ver o rosto de cada membro da comitiva, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (30), para entender que esse jogo está perdido e que o objetivo era abrir canais de diálogo. Balela.

O clima ali era parecido com o de uma entrevista sobre um acidente aéreo.

“Nós também estamos levando aqui um recado ao Brasil: Há outra crise pior que pode atingir o Brasil nos próximos 90 dias. Eles irão criar sanções automáticas para todos os países que negociam com a Rússia , lamentou o senador Carlos Viana(Podemos).

Pois é. Esse avião mal começou a cair.

*Este texto não reflete necessariamente a opinião do Portal iG



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