Moradores da Favela do Moinho fazem novo protesto contra demolição de casas da comunidade e paralisam Linha 8-Diamante
Moradores da Favela do Moinho realizaram novo protesto contra a demolição de casas desocupadas na comunidade, localizada na região central de São Paulo. A manifestação, marcada por barricadas de pneus e madeira em chamas nesta terça-feira (13), paralisou novamente a Linha 8-Diamante , da ViaMobilidade, pela segunda vez consecutiva.
A circulação ficou interrompida entre as estações Júlio Prestes e Palmeiras-Barra Funda. A concessionária orientou os passageiros a buscarem rotas alternativas por meio das linhas 3-Vermelha, 4-Amarela e 7-Rubi.
A presença da Polícia Militar no local, segundo a CDHU, visa garantir a segurança de funcionários responsáveis pelas demolições. De acordo com o órgão, 168 famílias já deixaram a favela, aderindo a programas de moradia e auxílio-aluguel. Seis casas foram demolidas até agora, e o objetivo do governo estadual é desocupar totalmente a área e transformá-la em um parque.
O tema gerou forte repercussão nas redes sociais, com vídeos das manifestações sendo compartilhados amplamente no X (antigo Twitter), Instagram e TikTok, em perfis de ativistas e coletivos urbanos. Hashtags como #FavelaDoMoinho e #ResisteMoinho ficaram entre os assuntos mais comentados. Entidades de direitos humanos também se manifestaram contra o uso de força policial e pediram negociação com os moradores que ainda resistem.
Primeira manifestação
O conflito teve início nesta segunda-feira (12), quando as primeiras demolições foram realizadas, provocando protestos que afetaram quatro linhas ferroviárias: 8-Diamante, 7-Rubi, 10-Turquesa e 13-Jade.
Durante a ação, funcionários da CDHU relataram ter sido agredidos e mantidos em cárcere privado. A área da favela pertence à União, e o governo federal já autorizou as demolições, alegando a necessidade de descaracterizar moradias abandonadas para a retomada do terreno.
IG Último Segundo