Mauro Cid é ouvido nesta sexta para explicar áudios sobre PF e Moraes


Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Antônio Cruz/Agência Brasil – 24.08.2023

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro
, será ouvido nesta sexta-feira (22), às 13h, pelo juiz-instrutor do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Ele deve explicar os  áudios em que ataca a Polícia Federal e Moraes.

De acordo com as respostas de Cid nesta sexta-feira, a PF pode rescindir a delação premiada dele, aceita em setembro de 2023
. Dessa forma, o acordo seria cessado e o tenente-coronel seria preso novamente. As provas fornecidas por ele ainda seguiriam válidas na investigação. 

Nos áudios, Mauro Cid afirma que o ministro Alexandre de Moraes “prende, solta, quando ele quiser, como ele quiser”. O ex-ajudante de ordens acrescenta ainda que o magistrado não precisa de Ministério Público ou acusação. Em outra gravação, o tenente-coronel diz que Moraes tem ‘a sentença pronta’.

O ex-ajudante de ordens ainda se diz magoado com militares e menciona Jair Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente ficou ‘milionário’, enquanto ele mesmo foi quem mais perdeu.

Segundo a defesa de Mauro Cid, os áudios são verdadeiros, mas os caracterizam como “desabafo” e dizem que não coloca em risco ‘a independência, a funcionalidade e a honestidade’ dos órgãos.

“Referidos áudios divulgados pela revista Veja, ao que parecem clandestinos, não passam de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando”, disse a defesa de Cid por meio de nota.

Os advogados dizem que o desabafo” vem “da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda”.

“[…] Mas que, de forma alguma, comprometem a lisura, seriedade e correção dos termos de sua colaboração premiada firmada perante a autoridade policial, na presença de seus defensores constituídos e devidamente homologada pelo Supremo Tribunal Federal nos estritos termos da legalidade”, continuou a defesa.

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