Mangione matou CEO por ‘ódio de seguros de saúde’, afirma polícia


Luigi Mangione foi acusado de assassinar o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em uma rua de Manhattan, Nova York
Reprodução/Redes Sociais

Luigi Mangione foi acusado de assassinar o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em uma rua de Manhattan, Nova York

A polícia dos Estados Unidos acredita que Luigi Mangione, o suspeito de assassinar o CEO da gigante UnitedHealthcare,  Brian Thompson, cometeu o crime por “sentir ódio das seguradoras de saúde”.

De acordo com a CBS, o jovem de 26 anos escreveu nas três páginas do manifesto encontrado com ele no momento da prisão que os seguros de saúde privados são “uma máfia que se tornou muito poderosa” e se beneficiam das pessoas “para acumular imensos lucros”.

Para a responsável pela polícia de Nova York, Jessica Tisch, isso “reflete tanto a motivação quanto o modo de pensar” do suposto assassino.

No texto escrito a mão, Mangione ainda diz que apesar de os EUA terem “o sistema de saúde mais caro do mundo, o país ocupa a 42ª posição em expectativa de vida”.

De acordo com a inteligência policial, foi o ressentimento de Mangione em relação à UnitedHealthcare e a outras seguradoras de saúde que o levou a matar Thompson no dia 4 de dezembro. Nas páginas do manifesto, o rapaz afirma que, enquanto outros trouxeram à tona a “corrupção e ganância” destas corporações, ele foi o primeiro a confrontá-las “com brutal honestidade”.

A polícia acredita que Mangione tenha se inspirado em Ted Kaczynski (1942-2023), conhecido como “Unabomber”, um dos serial killers mais famosos dos EUA.

O matemático Kaczynski abandonou a carreira acadêmica em 1969 para buscar um estilo de vida mais primitivo, indo morar em uma cabana remota. No entanto, ao se convencer da destruição da natureza ao seu redor, passou a cometer assassinatos a bomba entre 1978 e 1995.



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