Líder do Sindnapi, ligado ao irmão de Lula, fala na CPMI do INSS


Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindnapi, será ouvido no Senado
Reprodução/Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco

Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindnapi, será ouvido no Senado

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes do I nstituto Nacional do Seguro Social (INSS) ouve, nesta quinta-feira (09), o presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), Milton Baptista de Souza Filho. Vinculado à Força Sindical, a entidade aparece nas investigações como uma das mais beneficiadas pelos descontos irregulares.

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O sindicato tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, mais conhecido como Frei Chico, irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Até o momento, ele não aparece entre os convocados para depor.

Depoimento

A oitiva do líder do Sindnapi está prevista para ocorrer às 9h desta quinta, após ser solicitada em 10 requerimentos a presentados à comissão. Os parlamentares querem entender as movimentações financeiras do sindicato, que teria recebido mais de R$ 1 bilhão entre 2008 e 2025.

De acordo com o senador Rogerio Marinho (PL-RN), autor de um dos requerimentos, uma análise técnica da entendida aponta para “um conjunto robusto e convergente de irregularidades, privilégios e indícios de favorecimento institucional” que precisam ser explicados.

O sindicato é investigado pela Polícia Federal por movimentações financeiras suspeitas. De acordo com relatórios, o Sindnapi movimentou R$ 6,5 milhões em espécie nos últimos seis anos.

CPMI do INSS

A CPMI investiga o esquema de desvios irregulares dos beneficiários do Instituto Nacional de Seguro Social. O prejuízo estimado é de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, sendo R$ 4,1 bilhões apenas nos dois primeiros anos do atual governo.

A comissão tem colhido depoimentos de presidentes de associações que teriam se beneficiado dos descontos indevidos.

O plano de trabalho da comissão prevê seis eixos de investigação, incluindo mapeamento do esquema, identificação de responsáveis e análise do impacto sobre os beneficiários. O governo destinou R$ 3,3 bilhões via Medida Provisória para ressarcir as vítimas dos descontos indevidos.



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