Irã ameaça atacar bases dos EUA no país, se acordo fracassar


Trump afirmou que as negociações serão realizadas na quinta-feira (12); governo iraniano diz que ocorrerão no domingo (15)
Montagem iG

Trump afirmou que as negociações serão realizadas na quinta-feira (12); governo iraniano diz que ocorrerão no domingo (15)

Dias antes da sexta rodada de negociações entre Irã e Estados Unidos, prevista para acontecer nesta semana, o ministro da Defesa iraniano, Aziz Nasirzadeh, disse, nesta quarta-feira (11), que o Irã poderá atacar as bases norte-americacas no país se o acordo nuclear fracassar e um possível conflito começar entre os dois países.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou que as negociações serão realizadas na quinta-feira (12), enquanto o governo iraniano pontuou que elas ocorrerão no domingo (15) em Omã.

“Algumas autoridades do outro lado ameaçam entrar em conflito se as negociações não derem frutos. Se um conflito acontecer, todas as bases americanas estão ao nosso alcance e as atacaremos com ousadia nos países anfitriões”, alertou Nasirzadeh.

Suas declarações foram divulgadas pela Agência de Notícias da República Islâmica do Irã.

Trump também ameaçou bombardear o Irã caso o país não chegue a um novo acordo nuclear.

Espera-se que o Irã apresente uma contraproposta a uma oferta anterior dos EUA para um acordo nuclear

Os dois países discordaram sobre a questão do  enriquecimento de urânio e sobre o programa de mísseis do Irã.

Esvaziamento da embaixada no Iraque

Enquanto a tensão no Oriente Médio aumenta, o Departamento de Estado norte-americano anunciou nesta quarta-feira que decidiu reduzir sua presença diplomática no  Iraque.

A decisão dos Estados Unidos, junto com um alerta do Reino Unido sobre novas ameaças à navegação comercial no Oriente Médio, veio poucas horas depois de o presidente Trump, declarar, em um podcast divulgado nesta quarta-feira, que está “menos confiante” quanto às chances de um acordo com o Irã que limite sua capacidade de desenvolver armas nucleares.

A agência do comércio marítimo britânico aconselhou embarcações comerciais que transitem pelo Golfo Pérsico, Golfo de Omã e Estreito de Ormuz a adotarem precauções adicionais.

O Departamento de Estado não informou quantos funcionários seriam retirados do Iraque, nem os motivos específicos. Funcionários não essenciais e familiares de diplomatas também foram autorizados a deixar as embaixadas americanas no Bahrein e no Kuwait.



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