Mapa-mundi invertido e com Brasil ao centro
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (7), um mapa-múndi que coloca o Brasil no centro da projeção cartográfica, com o Sul posicionado no topo.
A iniciativa busca destacar o papel do país em fóruns globais como o Brics, o Mercosul e a COP30, além de marcar a realização do Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global, em junho, no Ceará.
O material, disponível em português e inglês, realça ainda nações de língua portuguesa, o bioma amazônico e cidades-sede de eventos estratégicos, como Belém (COP30) e Rio de Janeiro (capital dos Brics).
Um mapa para “repensar o lugar do Brasil no mundo”
Segundo o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, o mapa estimula a “reflexão sobre como nos vemos nesse novo mundo, em que as transformações ocorrem mais rapidamente e exigem um protagonismo brasileiro ainda maior”.
A proposta visa reforçar a imagem do país como líder em debates sobre desenvolvimento sustentável e geopolítica, especialmente em 2025, quando presidirá o Brics, o Mercosul e sediará a COP30.
Detalhes do material e como adquirir
O mapa pode ser comprado online na loja virtual do IBGE, com preços que variam entre R$ 15,00 e R$ 90,00, a depender do tamanho. Também é possível adquirir presencialmente na livraria da Casa Brasil IBGE, no Rio de Janeiro, a partir de segunda-feira (12), com desconto de 30% para retiradas físicas.
Além das fronteiras dos países, o material destaca a localização do Ceará, sede do Triplo Fórum (11 a 13/6), evento que reunirá representantes de institutos de estatística, autoridades e especialistas para discutir indicadores de sustentabilidade e governança digital.
Histórico dos mapas invertidos
A inversão dos polos não é inédita. No século XX, o artista uruguaio Joaquín Torres-García popularizou a ideia com sua obra “ América Invertida ” (1943), símbolo da busca por reconhecimento latino-americano.
“América Invertida”, obra do pintor uruguaio Joaquín Torres García
Para a cartógrafa Nicole De Armendi, a escolha do Norte como topo “afirma posições de poder e hierarquias entre nações”, uma convenção questionada pelo IBGE.
Em 2024, o instituto já havia lançado um mapa centrado no Brasil durante o G20, acompanhado de publicações sobre desigualdades e do Atlas Geográfico Escolar.
IG Último Segundo