Homem acusado de estupro no Paraná é preso após 10 dias foragido


O caso ganhou repercussão após uma câmera de segurança flagrar a jovem sendo arrastada.
Fantástico/Reprodução

O caso ganhou repercussão após uma câmera de segurança flagrar a jovem sendo arrastada.

Nathan de Siqueira Menezes, pedreiro de Paranaguá, foi preso no dia 27 de março, dez dias após ter sua prisão decretada, sob acusação de estuprar uma jovem em um posto de combustíveis desativado no litoral do Paraná. As informações são do programa Fantástico.

O crime ocorreu na madrugada de 23 de fevereiro, depois que a vítima e o suspeito se conheceram em uma casa de shows.

O caso ganhou repercussão após uma câmera de segurança flagrar a jovem sendo arrastada e seus pedidos de socorro serem captados em áudio.

Crime registrado por câmeras

A vítima e o acusado se conheceram em uma casa de espetáculos e trocaram beijos. Enquanto aguardava um carro de aplicativo com uma amiga, a jovem decidiu voltar para usar o banheiro do estabelecimento.

Nathan, alegando ajudar, a levou até um posto de combustíveis ao lado, sem avisá-la que estava desativado.

O registro da câmera de segurança do local mostra o momento em que ela é arrastada para dentro do banheiro. Os gritos de desespero da jovem também foram captados. “Nathan, eu não quero! Eu não quero, Nathan!”, clamou a vítima, repetindo “não” pelo menos 11 vezes.

O motorista do carro de aplicativo, preocupado com a demora, ligou insistentemente para a vítima, mas as chamadas foram interrompidas. Segundo ela, “ele não deixava eu pegar o celular”.

Aproveitando um momento de distração do agressor, a jovem conseguiu escapar e procurou a delegacia para registrar o boletim de ocorrência ainda na madrugada do crime.

Investigação e prisão

Nathan foi ouvido pela polícia cinco dias depois e negou ter forçado a vítima. Ao ser confrontado com as imagens, afirmou que “ela estava fazendo charme”.

Durante as investigações, a polícia descobriu que ele teria gravado o estupro. “Nós apreendemos esse celular, mas não localizamos esse vídeo. Provavelmente ele apagou esse arquivo. Agora esse celular está com a polícia científica e passará por exames periciais”, informou a delegada Maluhá Soares ao Fantástico.

A polícia pediu a prisão preventiva de Nathan dois dias após o crime, mas o pedido foi negado pelo juiz, que determinou o uso de tornozeleira eletrônica.

Com a repercussão do caso e as provas coletadas, um novo mandado de prisão foi expedido em 17 de março. Nathan se entregou à polícia dez dias depois e está preso na delegacia de Paranaguá.

Julgamento e possível condenação

Nathan de Siqueira Menezes responderá pelos crimes de estupro e registro não autorizado da intimidade sexual. Se condenado, poderá cumprir pena de até 11 anos de prisão.

A defesa do acusado não se manifestou, pois o caso tramita sob segredo de justiça. Pelo mesmo motivo, o Tribunal de Justiça do Paraná também não comentou o caso.



IG Último Segundo