
Subiu para 25 os casos suspeitos de intoxicação por metanol em São Paulo
A Grande São Paulo tem mais um caso suspeito de morte por contaminação de metanol em bebidas alcoólicas.
Trata-se de um homem de 49 anos que morreu em casa, em São Bernardo do Campo, no bairro de Rudge Ramos, nesta terça-feira (30).
O novo óbito, que se soma às outras cinco mortes no estado de São Paulo, está sendo investigado pela Secretaria Municipal de Saúde e ainda não foi notificado oficialmente às autoridades de saúde do estado.
A Prefeitura de São Bernardo afirmou que recebeu 13 notificações de suspeita de contaminação por metanol. Dessas, uma já foi confirmada e nove pacientes estão sendo atendidos em hospitais públicos e privados da cidade.
As vítimas, que têm entre 26 e 55 anos, consumiram bebidas adulteradas com metanol no município.
A polícia está investigando e, j untamente com a Vigilância Sanitária do Estado, intensificou a fiscalização em bares e adegas.
Balanço no estado
Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde divulgados nesta quarta-feira (1), subiu para 25 os casos suspeitos de intoxicação por metanol em São Paulo.
A pasta diz que 18 deles estão em investigação e 7 já foram confirmados como intoxicação por metanol.
Sem considerar essa morte ainda não notificada em São Bernardo, o estado continua contabilizando cinco óbitos por suspeita de intoxicação por metanol.
Quatro casos ainda são suspeitos (3 na capital e 1 em SBC) e uma confirmada (na capital).
Diante da situação, o governo estadual montou um gabinete de crise e determinou a interdição cautelar de todos os estabelecimentos onde foram identificados casos de consumo de bebidas adulteradas.
Saiba mais: SP cria gabinete de crise para investigar intoxicação por metanol
O metanol virou o coringa dos falsificadores de bebidas alcoólicas e também de combustíveis pela sua similaridade química com o etanol. É uma substância acessível e com custo de produção mais barato que o etanol.
Por isso, criminosos misturam metanol a bebidas alcoólicas, principalmente destiladas, como gin e vodca, adulterando o conteúdo para depois comercializar o produto.
O problema é que o metanol não é metablizado pelo organismo humano e seu consumo pode ser fatal. Seus compostos altamente tóxicos atacam o sistema nervoso central e o nervo óptico, podendo causar náusea, tontura, convulsões, cegueira e até a morte.
IG Último Segundo