Governo Lula prevê mais sanções dos EUA contra o Brasil


Auxiliares de Lula não acreditam no recuo dos EUA
Reprodução/YouTube – 24/09/2024

Auxiliares de Lula não acreditam no recuo dos EUA

Auxiliares do governo de Luiz Inácio Lula da Silva(PT) avaliam que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trumppoderá aplicar novas sanções econômicas contra o Brasil nas próximas horas ou dias. Nesta quarta-feira (30), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teve sanções aplicadas pelo governo norte-americano.

A expectativa se fortaleceu após encontros com parlamentares norte-americanos e membros da Casa Branca.

Até o momento, o Executivo brasileiro não definiu um posicionamento oficial sobre o tema, optando por manter um discurso de cautela e buscar canais de negociação enquanto aguarda a entrada em vigor, prevista para 6 de agosto, do aumento de 50% nas tarifas americanas sobre produtos brasileiros.

Lula comunicou a interlocutores a disposição para um diálogo telefônico com Trump. No entanto, não há sinais de reciprocidade por parte do governo dos EUA, que ainda não demonstrou interesse em conversar com o presidente brasileiro.

Inicialmente, a hipótese levantada por auxiliares era de que as medidas americanas poderiam estar ligadas a uma disputa geopolítica global, envolvendo interesses no BRICS.

No entanto, o entendimento atual no Palácio do Planalto é de que Trump visa proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme apurou o Portal iG.

O presidente americano teria manifestado intenção de anular as condenações eleitorais e as investigações contra Bolsonaro.

Família Bolsonaro comemora

Jair Bolsonaro
Valter Campanato/Agência Brasil

Jair Bolsonaro

Enquanto o governo federal manifesta pessimismo sobre a evolução das relações comerciais e políticas com os Estados Unidos, integrantes da família Bolsonaro comemoram as sanções contra Moraes e o Brasil, mantendo a posição de que as medidas só serão retiradas mediante uma anistia ampla e irrestrita. Sem essa condição, rejeitam a possibilidade de negociações.

O cenário atual mantém o governo brasileiro em estado de alerta, com ações que visam preservar o diálogo e evitar impactos mais severos no comércio bilateral.

A entrada em vigor das tarifas e as possíveis novas sanções indicam um período de tensões entre os dois países nos próximos dias.



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