Nesta quinta-feira (15), o governo da Venezuela anunciou a suspensão das atividades do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos no país, em vigor desde 2019. A decisão foi comunicada pelo chanceler venezuelano, que determinou que os funcionários do gabinete deixem o país em um prazo de 72 horas.
O posicionamento surge em meio a uma crescente tensão entre a Venezuela e a ONU, após a entidade expressar preocupações com a prisão da ativista venezuelana Rocío San Miguel, conhecida por sua oposição ao presidente Nicolás Maduro. A declaração da ONU sobre o caso foi de profunda preocupação, o que desencadeou a reação do governo venezuelano.
O chanceler venezuelano argumentou que a decisão de suspender o gabinete da ONU se deve ao “papel inadequado” que a instituição vinha desempenhando. Segundo ele, ao invés de se mostrar imparcial, o gabinete tornou-se um “escritório de advocacia privado” para grupos de oposição e “terroristas” que conspiram contra o país.
O governo de Nicolás Maduro explicou que a ordem de suspensão permanecerá em vigor “até que o gabinete retifique publicamente sua atitude colonialista, abusiva e violadora da Carta das Nações Unidas perante a comunidade internacional”.