filhos de Bolsonaro criticam relatório do Coaf


Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via Pix entre janeiro e julho deste ano
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via Pix entre janeiro e julho deste ano

Flávio e Carlos Bolsonaro, filhos de Jair Bolsonaro (PL), criticaram a divulgação de dados referentes a transferências bancárias feitas à conta do ex-presidente da República
entre janeiro e julho deste ano. 

Flávio (PL-RJ), senador, afirmou que o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) trata-se de um “assassinato de reputação sem precedentes”, e ironizou que, contra Bolsonaro, “vale tudo”. 

“Um assassinato de reputação sem precedentes contra o melhor presidente que o Brasil já teve! Reviram tudo, não encontram nada e mais uma vez quebram a cara! Nunca houve qualquer vazamento, quebra de sigilo ou exposição, sem embasamento, de nenhum ex-presidente na história do país, mas contra Bolsonaro vale tudo!”, escreveu na sua conta oficial do Twitter. 

Na sequência, ele diz que o que mais lhe assusta é o fato de que a  vaquinha promovida para ajudar o ex-chefe do Executivo a pagar multas com a Justiça
contou com a adesão “espontânea” de milhões de brasileiros”. 

“Engana-se quem pensa que o Brasil está caminhando a passos largos rumo à Venezuela, Cuba e Nicarágua. O país já está nos 100m rasos e SEM BARREIRAS”, complementou. 

O vereador Carlos Bolsonaro (PL) foi mais sucinto na sua crítica, mas tratou de novamente bater na tecla do comunismo e comparar o governo brasileiro com o venezuelano. “Na democracia comunista relativa vale tudo! Já vivemos na Venezuela!”, publicou. 

Divulgação de transações via Pix

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras apontou, em relatório
, que Jair Bolsonaro recebeu  R$ 17,2 milhões via Pix entre os dias 1° de janeiro e 4 de julho deste ano. 

O relatório em questão ressaltou que as movimentações financeiras aconteceram em “situação atípica e incompatível”, e que a maior suspeita é de que o montante foi enviado ao político por conta da campanha de doações realizada para que ele pudesse pagar multas à Justiça.

O documento ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso destaca ainda que o ex-presidente da República recebeu 769 mil transações via Pix. 

O PL, partido do político de direita que está inelegível, foi o responsável por transferir R$ 47,8 mil a Bolsonaro, valor movimentado em duas diferentes transações. Outras 18 contas enviaram valores entre R$ 5.000 a R$ 20 mil ao político.



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