Homem inspeciona estrutura destruída pelo exército israelense em uma operação em Misliyah, no norte da Cisjordânia, em 16 de abril de 2025
Mohammed Mansour
O exército israelense anunciou, nesta quarta-feira (16), ter matado dois “terroristas” palestinos no norte da Cisjordânia ocupada, em uma região onde o movimento Jihad Islâmica reportou a morte de dois combatentes.
“Após uma troca de tiros, os terroristas Mohammad Zakarneh e Marouh Khuzaymia (…) foram eliminados”, informou o exército israelense em nota.
As autoridades israelenses procuravam Zakarneh por sua participação em um ataque na cidade de Al Funduq no começo do ano, no qual três civis israelenses morreram, segundo o exército.
Khuzaymia era procurado pelas mesmas razões. Este último tinha sido libertado das prisões israelenses em novembro de 2023 durante uma troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses.
As Brigadas Al Quds, braço armado da Jihad Islâmica, confirmaram suas mortes e acrescentaram que Zakarneh tinha 23 anos e Khuzaymia, 19.
As autoridades israelenses e a Jihad Islâmica afirmaram que os dois jovens tinham morrido em uma troca de tiros em Misilyah, uma cidade próxima a Jenin.
Por outro lado, o exército israelense entrou em Jericó, no sul da Cisjordânia, com veículos blindados, segundo um correspondente da AFP.
A Cisjordânia é um território palestino ocupado por Israel desde 1967 e agora ameaçado de anexação por membros do governo de Benjamin Netanyahu, um dos mais à direita da história de Israel.
A violência explodiu na Cisjordânia desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
Ao menos 921 palestinos, muitos deles combatentes, mas também muitos civis, morreram nas mãos de soldados ou colonos israelenses, segundo dados da Autoridade Palestina.
E, segundo dados oficiais israelenses, ao menos 33 israelenses, entre civis e soldados, morreram em ataques palestinos ou durante incursões militares israelenses.
IG Último Segundo