estudantes chamam atos para pedir a anulação da prova


Estudantes convocam atos para pedir a anulação completa do Enem 2025.
Reprodução/Angelo Miguel/MEC

Estudantes convocam atos para pedir a anulação completa do Enem 2025.

Estudantes de todas as regiões do Brasil articulam protestos marcados para acontecer no próximo sábado (22) que têm como objetivo pedir a anulação total da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025.

O movimento intitulado Anula Enem, surgiu após o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anular três questões da prova, devido à suspeita de vazamento dos itens.

Com mais 10 mil seguidores no Instagram e cerca de 2000 membros reunidos em um grupo no Telegram, a iniciativa afirma lutar pela responsabilização do vazamento das questões, por maior lisura no processo, pela renovação do banco de questões do Enem e pela retirada das notas de 2023 e 2024 do Sisu.

A organização também solicita a reformulação dos pré-testes dos itens – atualmente realizados pelo CAPES -, a reforma no acesso às questões do Enem, a implementação de protocolos mais rígidos, rastreabilidade e auditoria constante.

“Se você acredita que houve quebra de isonomia, se manifeste. Exija transparência e justiça no exame”, convoca uma postagem compartilhada no perfil oficial do movimento nas redes sociais.

O pedido de anulação total da prova é justificado pela organização afirmando que, quando o erro é do sistema, o prejuízo não pode ser do estudante. 

“As questões foram anuladas. Mas a sua nota…vai mudar junto? A anulação das questões não é suficiente nem justa. Ela altera o desempenho de todos e não resolve a raiz do problema”, questiona uma das postagens.

As notas do Enem são calculadas com base na TRI (Teoria de Resposta ao Item), que considera a particularidade de cada questão da prova, questões acertadas por meio de “chutes”, e hierarquiza o valor das questões a depender do nível de dificuldade de cada item.

O Portal iG entrou em contato com o Anula Enem e com o Inep mas não recebeu retorno até a publicação dessa reportagem.



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