Entenda os 5 crimes atribuídos pela PGR a Bolsonaro e aliados


PGR pede condenação de Bolsonaro e mais 7 réus por golpe de Estado
Agência Brasil

PGR pede condenação de Bolsonaro e mais 7 réus por golpe de Estado

No pedido de condenação para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a imputação dos réus em cinco crimes relacionados à suposta tentativa de golpe de Estado.

Segundo a PGR, Bolsonaro liderou a articulação de um plano para desacreditar o sistema eleitoral e incitar ações golpistas de apoiadores. Os outros réus que, assim como o ex-presidente, são apontados como integrantes do núcleo crucial da organização criminosa, devem ser condenados pelos mesmos crimes, aponta a Procuradoria.

Crimes apontados pela PGR

  1. Liderança de organização criminosa armada;
  2. Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  3. Golpe de Estado;
  4. Dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
  5. Deterioração de patrimônio tombado.

No documento, que tem 517 páginas, o procurador-geral, Paulo Gonet, defende que cada um dos oito réus teria atuação criminal nas cinco acusações.

Segundo ele, Bolsonaro figura como líder da organização criminosa e foi o “principal articulador e maior beneficiário” das ações para tentar implantar um golpe de Estado no país em 2022.

Além de Bolsonaro, estão incluídos o ex‑ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Braga Netto; o ex-ministro do GSI, Augusto Heleno; o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem; o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, que também é delator do caso.

A acusação considera que os integrantes formaram uma organização criminosa com apoio de setores das Forças Armadas e estrutura estatal, para descumprir decisões do TSE e do STF, propagar narrativas falsas, gerar instabilidade e abolir o Estado Democrático de Direito.

O pedido da condenação foi feito após a análise das provas e do interrogatório dos oito réus.



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