entenda o código das rodovias


Sigla
Foto: Isac Nóbrega/ Agência Brasil

Sigla ”BR” indica ser um trecho federal, seguida por três algarismos com significados distintos

Rodovias que cortam parte do Brasil, como as BR’s 040, 116, 101, entre outras, não recebem seus números por acaso. Por trás de cada sigla há um padrão técnico previsto no Plano Nacional de Viação, coordenado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)

A nomenclatura começa com a sigla ”BR”, que indica ser um trecho federal, seguida por três algarismos com significados distintos. Essa organização está presente na identificação de mais de 75 mil quilômetros de estradas. 

Radiais, longitudinais e transversais

O primeiro número revela o tipo da rodovia. Os dois últimos indicam a posição geográfica em relação à capital federal ou aos limites do país. 

As rodovias radiais são identificadas como BR-0XX, e partem de Brasília em direção aos extremos do país. A numeração varia entre 05 e 95, em intervalos de cinco, no sentido horário. Um exemplo é a BR-040, que liga o Distrito Federal ao Rio de Janeiro.

Já as longitudinais atravessam o país no sentido Norte-Sul, com prefixo BR-1XX. Os números vão de 00 a 50 no lado leste da capital e de 50 a 99 no lado oeste, sempre calculados conforme a distância do meridiano de Brasília. Exemplos: BR-101 (leste) e BR-153 (oeste).

No sentido Leste-Oeste, estão as rodovias transversais, com a nomenclatura BR-2XX. A lógica numérica é semelhante: de 00 a 50 para rodovias ao norte de Brasília e de 50 a 99 para as ao sul. Entre os exemplos, estão a BR-230 (Transamazônica) e a BR-290, no Sul do país.

Diagonais e ligações estratégicas

Rodovias diagonais, com código BR-3XX, se dividem em dois grupos: pares para trajetos Noroeste–Sudeste e ímpares para Nordeste–Sudoeste. A BR-364 (NO–SE) e a BR-381 (NE–SO) são exemplos.

Já as ligações específicas recebem o prefixo BR-4XX. Essas vias conectam rodovias federais ou a centros urbanos, pontos turísticos e fronteiras internacionais. 

A numeração também depende da posição em relação ao paralelo de Brasília: de 00 a 50 ao norte; de 51 a 99 ao sul. São exemplos a BR-401, que alcança a Guiana, e a BR-470, que liga cidades catarinenses ao Rio Grande do Sul.

Quilometragem e superposições

O DNIT também padroniza o sentido da quilometragem. Ela acompanha a orientação principal da via: do centro aos extremos nas radiais; de norte a sul nas longitudinais; de leste a oeste nas transversais; e de norte a sul nas diagonais e ligações. Algumas rodovias, como a BR-163 e a BR-364, fogem dessa lógica.

Em casos de superposição entre duas ou mais rodovias, prevalece o número da mais importante — ou, recentemente, o menor número, para facilitar a leitura em sistemas eletrônicos.



IG Último Segundo