Enchentes na Espanha deixam ao menos 51 mortos


Dois homens correm ao lado de um carro coberto de lama em Álora, perto de Málaga, em 29 de outubro de 2024, depois que fortes chuvas atingiram o sul da Espanha
JORGE GUERRERO

Dois homens correm ao lado de um carro coberto de lama em Álora, perto de Málaga, em 29 de outubro de 2024, depois que fortes chuvas atingiram o sul da Espanha

Pelo menos 51 pessoas morreram pelas  inundações provocadas pelas chuvas torrenciais na região de Valência , no sudeste da Espanha , relataram nesta quarta-feira (30) os serviços de resgate.

“O primeiro balanço realizado pelos diferentes corpos e forças de segurança e emergências: cifra de vítimas mortais provisórias de 51 pessoas”, indicando os serviços regionais de socorro, que adiciona ter iniciado o processo de identificação das vítimas.

“Podemos confirmar que foram encontrados alguns corpos”, declarou a jornalistas Carlos Mazón, presidente do governo regional de Valência. Ele acrescentou que as autoridades não podem dar mais detalhes até que as famílias das vítimas sejam informadas.

Fortes chuvas caíram nesta terça-feira em grande parte do leste e do sul da Espanha, onde foram registradas inundações que causaram interrupções no transporte ferroviário e aéreo, e deixaram sete pessoas desaparecidas.

As águas turvas invadiram as ruas do município de Letur, na província de Albacete (leste), arrastando automóveis, segundo imagens exibidas pela televisão espanhola.

Os serviços de emergência estavam em busca de seis pessoas desaparecidas devido às inundações repentinas na cidade, declarou a delegada do governo central na região de Castilla-La Mancha, Milagros Tolón, à emissora pública TVE.

“O problema mais importante é encontrar essas pessoas que estão desaparecidas”, assegurou.

A polícia do município de L’Alcudia, na região de Valência (leste), indicou que também está procurando um caminhoneiro desaparecido desde o início da tarde.

‘A ajuda vai chegar’

Mazón garantiu que os socorristas estão lutando para chegar às pessoas presas pelas inundações.

“As pessoas que estão agora mesmo paradas ou bloqueadas, saibam que a ajuda vai chegar e que, se não tiverem chegado, não é por falta de meios nem por falta de predisposição nem por falta de capacidade, porque a capacidade é total para poder conseguir acesso. Ainda é um problema de acesso”, explicou.

O governo central espanhol anunciou que formou um comitê de crise que se reuniu na noite de terça-feira para avaliar as respostas à tempestade.

“Estou acompanhando de perto e com preocupação as informações sobre as pessoas desaparecidas e os danos causados” pela tempestade, escreveu no X o presidente de Governo, Pedro Sánchez, instando a população a seguir os conselhos das autoridades.

Doze voos que deveriam aterrissar no aeroporto de Valência foram desviados devido à intensa chuva e aos fortes ventos, informou o operador aeroportuário espanhol Aena. Outros 10 que deveriam sair ou chegar ao aeroporto foram cancelados.

O operador nacional de infraestruturas ferroviárias Adif anunciou a suspensão do serviço ferroviário na região de Valência “até que a situação se normalize”.



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