
Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está nos EUA
O deputado federal Eduardo Bolsonaro(PL) afirmou que não pretende renunciar ao cargo, mesmo com o fim da licença de 120 dias concedida pela Câmara dos Deputados. A declaração foi feita neste domingo (20), durante uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube.
“Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses” , disse o deputado, que está nos Estados Unidos desde março.
Eduardo alegou perseguição política ao justificar a licença temporária. Com o vencimento do período de afastamento, ele pode ser alvo de processo de cassação por faltas não justificadas, conforme previsto no Regimento Interno da Câmara.
Seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro(PL), afirmou que o parlamentar ainda dispõe de margem regimental, podendo faltar até 44 sessões.
Na mesma transmissão, Eduardo defendeu a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou estar “disposto a ir às últimas consequências”.
Ele também criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mencionando o julgamento de ações em que é investigado.
“O cara que se diz ofendido, ele pega e junta no processo que ele abriu. O cara que vai me julgar, ele vai ver o que eu faço na rede social” , declarou.
Eduardo é alvo de investigação no STF por suposta articulação com o governo norte-americano com o objetivo de pressionar autoridades brasileiras e interferir na ação penal que apura tentativa de golpe em 2022. Jair Bolsonaro é réu nesse processo.
A fala contrasta com declarações anteriores do deputado. Na semana passada, em entrevista à Coluna do Estadão, ele afirmou que “lamenta, mas vai abrir mão do mandato” e indicou que não voltaria ao Brasil por temer prisão.
Em maio, também mencionou a possibilidade de renúncia ao dizer: “Sim, está na mesa (…) A minha pauta principal aqui nos EUA é sancionar o Alexandre de Moraes (…) Se isso aí não ocorrer, vou ficar eternamente aqui nos EUA” .
Durante a live, Eduardo ironizou a suspensão de vistos atribuída ao governo Trump contra ministros do STF. Disse ainda que não busca “meio-termo” e reiterou que permanecerá no mandato.
IG Último Segundo