A morte da menina Heloísa dos Santos, de apenas 3 anos, atingida por tiros durante uma abordagem de agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal), gerou “dor” na corporação, de acordo com o diretor-geral da corporação, Antônio Fernando Souza Oliveira.
O diretor-geral expressou a intenção de implementar uma mudança no método de trabalho da PRF para evitar abordagens que resultem em mortes.
“É uma dor institucional quando nós perdemos uma vida. Qualquer que seja o fato gerador dessa perda. Quando vem de um equívoco nosso, logicamente, ela ainda é maior”, afirmou Oliveira em uma entrevista coletiva em Brasília.
“Nós estamos fazendo não só um curso de reciclagem. Nós estamos fazendo um estudo para mudança da doutrina de atuação da Polícia Rodoviária Federal. Inclusive, já marcada para o próximo mês, uma audiência pública. Porque nós queremos escutar a sociedade também, no redesenho dessa doutrina”, acrescentou.
A corregedoria da PRF conduzirá uma investigação
sobre a conduta dos agentes que estiveram no hospital onde Heloísa ficou internada por seis dias antes de falecer.
Uma tia da menina prestou depoimento ao Ministério Público Federal na Baixada Fluminense, relatando a presença de 28 agentes da PRF no hospital após o episódio e mencionou que um deles a intimidou.
“Por conta do surgimento da notícia que um agente da PRF esteve no hospital, à paisana, sem que fosse demandado para aquilo. Então, nós temos sim procedimento aberto para se apurar o porquê que ele foi e com que finalidade”, concluiu.