Documentos históricos revelam novos detalhes sobre a história de Chica da Silva


Um novo documentário do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) sobre Chica da Silva busca apresentar sua verdadeira história com base em documentos históricos.
A produção foi lançada nesta terça-feira (25/02) e usou elementos como sua carta de alforria e um testamento inédito, que ainda aguarda restauração devido à sua fragilidade.
A iniciativa pretende não apenas resgatar a história de Chica da Silva, mas também ampliar o entendimento sobre o contexto histórico e o papel do poder judiciário naquela época.
Além de documentos históricos, a produção inclui depoimentos de historiadores, descendentes e especialistas para desmistificar mitos sobre sua personalidade.
O filme também contextualiza sua vida nas cidades mineiras onde viveu, como Diamantina, Serro, Milho Verde e Santa Luzia, ajudando a compreender melhor a sociedade da época.
Além do documentário, a história de Chica da Silva está sendo revisitada em uma nova ópera da Fundação Clóvis Salgado (FCS).
Seguindo o modelo de montagens anteriores, a estreia ocorrerá em Diamantina antes de chegar ao Palácio das Artes (foto), em Belo Horizonte.
O libreto é baseado no livro “Chica da Silva e o contratador dos diamantes: o outro lado do mito”, da historiadora Júnia Ferreira Furtado, que também colaborou no documentário do TJMG.
Chica da Silva, cujo nome completo era Francisca da Silva de Oliveira, foi uma figura histórica brasileira do século 18, conhecida por sua trajetória singular e por desafiar as convenções sociais e raciais de sua época.
Nascida por volta de 1732, em Vila do Príncipe (atual Serro), em Minas Gerais, era filha de uma escravizada africana e de um homem branco.
Chica foi escravizada até ser alforriada por João Fernandes de Oliveira, um contratador de diamantes influente na região.
Os dois viveram juntos por anos e tiveram 13 filhos, sendo que Chica foi tratada com respeito e luxo, algo incomum para uma mulher negra e ex-escravizada naquela época.
Chica se tornou dona de propriedades e escravos, e participava ativamente da vida social e religiosa da comunidade, frequentando igrejas e irmandades reservadas à elite branca.
Chica da Silva tornou-se símbolo de poder e influência, conhecida por festas luxuosas e pelo domínio sobre sua casa e negócios.
Chica faleceu em 1796, deixando um legado que continua a ser estudado e reinterpretado até os dias atuais.
Sua história foi romantizada ao longo dos anos, especialmente na literatura, cinema e televisão. Relembre atrizes que já interpretaram Chica da Silva!
A icônica interpretação de Zezé Motta ajudou a consolidar a imagem de Chica como símbolo de superação.
Começou com tudo! Foi um dos primeiros papéis de destaque da Taís Araújo na televisão. Ela tinha apenas 17 anos na época!
Ruth de Souza: A lendária atriz Ruth de Souza também interpretou Chica da Silva em uma versão teatral da história, embora não tenha sido um filme ou série de TV.



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