O tratamento exigiu sedação e a mobilização de uma equipe composta por seis especialistas
Um gorila prateado gigante, chamado Binga , precisou ser levado ao dentista devido a uma infecção grave em sua mandíbula. O animal , de 23 anos e pesando 185 quilos, apresentou sintomas de dor de dente, perda de apetite e sinais de abatimento. O diagnóstico revelou uma úlcera dolorosa e cheia de pus em um dos molares da mandíbula inferior.
O tratamento exigiu sedação e a mobilização de uma equipe composta por seis especialistas, incluindo veterinários e dentistas, para garantir a segurança e a eficácia do procedimento.
O processo durou duas horas e incluiu o controle rigoroso da anestesia para evitar que o animal acordasse subitamente. A professora Katja Koeppel, especialista em grandes primatas, destacou a precisão necessária na dosagem anestésica.
O dente infeccionado foi removido pelo professor Gerhard Steenkamp, especialista em odontologia veterinária.
Binga foi transportado de volta ao zoológico após a cirurgia e, segundo os cuidadores, apresentou recuperação total, reunindo-se à sua família no recinto.
Os gorilas, conhecidos por sua tendência a esconder sinais de sofrimento, apresentam desafios específicos para diagnósticos médicos. Em cativeiro, exames regulares são fundamentais para identificar condições de saúde antes que elas se agravem.
Os gorilas-ocidentais-das-terras-baixas, espécie de Binga, podem pesar até 275 quilos e vivem em grupos de cinco a quinze indivíduos liderados por um macho dominante. Apesar de seu temperamento geralmente tímido, podem se tornar agressivos se ameaçados.
Atualmente, a espécie está classificada como extremamente ameaçada de extinção, com uma população estimada em cerca de 150 mil indivíduos. As principais ameaças incluem a destruição de habitats e a caça.
Binga
Binga nasceu em cativeiro no zoológico de Zurique, na Suíça, em 2001, e foi transferido para a África do Sul em 2008.
Em 2019, o gorila protagonizou um incidente ao escapar de sua jaula, sem ferir ninguém. A expectativa de vida de gorilas em cativeiro pode chegar a 50 anos, contrastando com os 30 a 40 anos vividos na natureza.
