criança foi morta pelo pai, diz polícia


Alan com seu filho Aslan, que passou mal após comer açaí
Reprodução/Inter TV Cabugi

Alan com seu filho Aslan, que passou mal após comer açaí

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) confirmou, nesta terça-feira (13), que o bebê de um ano e oito meses, morto no final de abril, foi  envenenado por Alan da Silva Ferreira, de 31 anos, seu próprio pai.

Aslan Gael Ferreira Ramalho morreu em 27 de abril, na cidade de Triunfo Potiguar, no interior do estado, depois de  comer um açaí na casa de Alan. A criança começou a passar mal ao ser buscada pela mãe, e foi à óbito logo após dar entrada em um hospital.

O pai fugiu de moto após deixar a criança na unidade de saúde e ficou desaparecido até o dia 3 de maio, quando foi encontrado morto por agricultores numa área de mata.

Morto por inseticida

De acordo com os agentes, Alan teria colocado um inseticida conhecido como terbufós em um açaí consumido pelo filho. O Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep-RN) atestou, através de exames, que a substância estava presente no alimento e no corpo do bebê.

O delegado que investiga o caso, Gabriel Napoli, disse em uma coletiva de imprensa que o laudo do pai ainda não foi concluído, mas que a principal hipótese é de suicídio. Ao lado de seu corpo em avançado estado de decomposição, foram encontrados um serrote e duas facas.

A suspeita é que Alan tenha cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento com a ex-mulher, mãe de Aslan. Ele teria tirado a própria vida depois. Napoli explicou que só falta finalizar a perícia no corpo do pai para concluir o caso.

Caso parecido

Um caso muito parecido aconteceu no mesmo mês e também no Rio Grande do Norte. Em 14 de abril, uma bebê de oito meses morreu após comer um açaí com granola envenenados, na capital potiguar. Uma prima de segundo grau, de 50 anos, foi internada na UTI após ingerir o alimento.

Neste crime, o açaí foi envenenado com chumbinho, um veneno para ratos. A polícia investiga quem teria envenenado o alimento e enviado o produto como presente para a prima que passou mal. Até onde foram investigados, os casos não possuem ligação.



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