A CPI
que investiga os atos antidemocráticos
que aconteceram 8 de janeiro em Brasília entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal para
contestar as “interferências” dos ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques nos depoimentos. Segundo a Comissão, o fato de os ministros permitirem que as pessoas convocadas não compareçam inviabiliza o trabalho.
Para os responsáveis pela CPI, além de os despachos dos magistrados permitirem ausências, ainda impossibilita a Comissão de agendar outros depoimentos e reorganizar a ordem de votação. O presidente da CPI, o deputado Arthur Maia
(União-BA), já havia criticado a interferência de Numes Marques quando o ministro autorizou ex-subsecretária de Inteligência da Segurança Pública do Distrito Federal, Marília Alencar, faltar ao depoimento.
Na época, ele classificou a desição como “lamentável” e “monocrática”.
“Não há dúvida que uma decisão monocrática, superando a convocação dessa comissão, desequilibra os Poderes. Entretanto, cabe a nós cumprir essa decisão”, disse Maia na ocasião.