Coreia do Norte envia aviões militares à fronteira com Seul e realiza novos disparos de mísseis balísticos


Ação aumenta a tensão na península; Pyongyang diz que exercícios foram ordenados em resposta a ‘ações de provocação’ de Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos

Kim Myong-Min, Yelim LEE, Caroline GARDIN / AFPTV / KCTV / AFPmíssil coreia do norte
Coreia do Norte realiza novo teste de míssil balístico

A Coreia do Norte enviou para a fronteira com a Coreia do Sul aviões de combate. A ação aumenta a tensão na península em um momento em que Pyongyang tem realizado testes de míssil balístico e disparado grande carga de artilharia. O líder norte-coreano, Kim Jong Un, supervisionou pessoalmente os testes de mísseis balísticos nas últimas semanas, anunciados como exercícios nucleares táticos. Um porta-voz do Exército norte-coreano informou que os exercícios militares foram ordenados em resposta a “ações de provocação” da artilharia sul-coreana perto da fronteira comum. O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas da Coreia do Sul informou que dez aviões norte-coreanos foram detectados a 25 km da linha de demarcação da fronteira às 22h30 de quinta-feira e a 0h30 de sexta-feira, 14, (hora local). As aeronaves norte-coreanas cruzaram a “linha de reconhecimento”, o que levou Seul a enviar vários aviões à região, incluindo caças F-35A. Além disso, a Coreia do Norte executou durante a noite 170 disparos de artilharia nas costas leste e oeste do país que, de acordo com Seul, violaram a “zona de defesa” marítima estabelecida em acordo em 2018.

Nesta sexta, o Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul denunciou uma série de “ações hostis” durante a noite e afirmou que “as provocações terão consequências”. Como resposta, Seul anunciou as primeiras sanções unilaterais em cinco anos contra indivíduos e instituições norte-coreanas. Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos intensificaram os exercícios navais combinados nas últimas semanas, irritando o Norte, que vê os exercícios como um ensaio de invasão e os usa para justificar seus lançamentos de mísseis. O país revisou suas leis nucleares em setembro, contemplando uma ampla gama de cenários em que poderia usar suas armas nucleares, com Kim declarando a Coreia do Norte uma potência nuclear “irreversível”, fechando a possibilidade de um diálogo sobre sua desnuclearização. De acordo com a KCNA, o aumento nos testes recentes foi uma resposta às manobras dos três países. Na semana passada, Pyongyang disparou um míssil balístico de alcance intermediário contra o Japão, enquanto autoridades e analistas dizem que concluiu os preparativos para um novo teste nuclear.

*Com informações da AFP



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