Contra o Peru, Fernando Diniz sinaliza manutenção do time titular


Diniz pega respeito aos peruanos para duelo em Lima
Reprodução/CBF TV

Diniz pega respeito aos peruanos para duelo em Lima

A Seleção Brasileira não deverá ter mudanças em sua equipe titular para o jogo diante do Peru, nesta terça-feira (12), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. De acordo com o técnico Fernando Diniz, a opção deverá ser por manter a mesma escalação que começou na goleada sobre a Bolívia, por 5 a 1. Ademais, o treinador espera um jogo mais complicado diante dos peruanos, em Lima.

Portanto, o Brasil deve ir de Ederson; Danilo, Gabriel Magalhães, Marquinhos e Renan Lodi; Casemiro, Bruno Guimarães e Neymar; Raphinha, Richarlison e Rodrygo. Pela qualidade da atuação passada, Diniz aponta que vale a pena manter a equipe que começou a partida. O treinador acredita que, além do bom futebol, é importante valorizar o entrosamento da equipe.

“Gostei bastante do time. Com o tempo, os jogadores vão ganhando mais entrosamento. Mas, se começa a trocar muito, acaba se perdendo um pouco do ganho que tiveram. Então, a tendência é de manutenção da equipe. O Peru é uma grande equipe, nós vimos cinco jogos deles. São um time forte fisicamente e bem treinado, então esperamos dificuldades. A equipe deles tem bons recursos técnicos e grandes jogadores, portanto esperamos um grande confronto”, afirmou.

A Seleção enfrenta o Peru às 23h desta terça, em jogo que fecha a segunda rodada das Eliminatórias da Copa. A ‘Albirroja’ empatou em seu jogo de estreia, no último fim de semana, ficando no 0 a 0 com o Paraguai, em Ciudad del Este.

Veja outros pontos da coletiva de Fernando Diniz:

Euforia da torcida por primeira goleada

“Peguei um time muito bem estruturado pelo Tite, sabe? Tanto na parte tática, com uma forma um pouco diferente de jogar, quanto na base relacional. É um time em que os jogadores se dão bem. Nós só colocamos algumas ideias. A euforia é uma coisa típica do torcedor, que gosta de um time que ganhou de 5 a 1 e que jogou bem. Não podemos esconder que o time jogou bem contra a Bolívia, mas já passou. Agora é outro jogo, fora de casa, tem que ter o pé no chão. Existe uma certa rivalidade por ser um adversário tradicional, um jogo que foi semifinal de Copa América. Temos que encarar a realidade, pensar no Peru com todo o cuidado e entregar nosso melhor”.

Os perigos do Peru

“É uma equipe forte, com muito bons jogadores. Vimos o Peru jogando de formas distintas, pressionando mais, ou jogando mais atrás. Em alguns jogos, atuando com a construção mais apoiada; em outros, mais direta. Procuramos mapear e estudar todas as formas que eles têm para atuar, afim de que estejamos preparados. Esperamos qualquer situação porque vimos posturas diferentes deles e temos que estar prontos para todos os cenários possíveis”.

Seis jogos seguidos sofrendo gols

“É uma equipe que se defende muito bem. Contra a Bolívia, oferecemos poucas chances a eles. Nos jogos da época do Tite, a Seleção sofria muito pouco defensivamente, então esperamos estar em um bom padrão defensivo para não levarmos gols”.

Peru nunca bateu Brasil em Eliminatórias

“Estatística, a gente tem só é que contar para trás. O que a gente precisa é seguir, fazer nosso melhor trabalho para conseguir fazer um grande jogo”.

Reencontrar comandados do Fluminense

“É muito bom tê-los aqui. A gente trabalha junto no Fluminense, mas não é essa a maior importância deles. É a mesma que os outros, de se colocarem, pela qualidade que têm, no grupo da Seleção. Todos buscam o seu espaço, cada um a seu jeito”.

Aproximação com jogadores consagrados

“É como chegar em um clube novo, em que você trabalhou com pouca gente. Não tem muita diferença, é uma sensação similar quando envolve os jogadores. O do Fluminense, o do São Paulo, o da Seleção, têm muito em comum. E é nisso que eu tento me aproximar e criar vínculos rapidamente. Acho que isso é uma das coisas que está numa velocidade boa, o estabelecimento de boas relações humanas com os jogadores. Somado a isso, a gente vai implementando a parte tática, que é o que a gente deseja”.

Talentos da Seleção favorecem jogo ofensivo?

“Minha ideia, embora não pareça para o público, também é montar um time de trás para frente. No sentido de, primeiramente, ser um time que se protege bem. Criamos muitas chances contra a Bolívia, mas oferecemos quase nada. Então, é esse o ideal para nós. Também tenho preocupações ofensivas, embora goste do time jogando para frente e tendo a bola. A única forma de não tomar gol no futebol é quando você tem a bola. Então, esse cuidado defensivo é uma coisa que eu sempre levo em todos os meus trabalhos. A partir daí é que a gente procura ser um time criativo, que tenha prazer de jogar e fazer com que esse prazer passe para o público”.

Liberdade tática para Neymar

“Um jogador que tem a qualidade acima da média, quanto mais pegar na bola, melhor. Há jogos com características distintas, mas ele vai ter essa liberdade. Sempre que a gente puder entregar a bola de qualidade para ele, já no terço final, para ele decidir o jogo, também é uma das regras. Mas ele vai ter essa liberdade de flutuação, como foi contra a Bolívia. Pelo menos duas construções de gol começaram com ele jogando mais ou menos na posição do Casemiro. Começa aqui, depois termina fazendo o gol lá”.

Imaginava chegar à Seleção no começo da carreira de técnico?

“Eu nunca fiquei imaginando sobre estar aqui. Eu sou uma pessoa focada no que estou fazendo e me entrego de corpo e alma em todo lugar. A Seleção já estava dentro de mim, de alguma forma, quando eu estava no Votoraty, no Fluminense, em todos os lugares onde trabalhei. Então, esse é um momento orgânico, de naturalidade. Eu não fiz um plano de carreira para chegar à Seleção. Foi com muito esforço mas, depois dele, tudo aconteceu com muita naturalidade”.

Importância da semana de treinos para a continuidade

“Tudo é levado em conta, mas todo mundo cumpriu o esperado. Os jogadores se dedicaram demais: todos, sem exceção. Então, nesse quesito, eu teria que convocar sempre os mesmos. Mas é óbvio que tem outros jogadores no radar, que não estavam aqui e irão se incorporar. Foi tudo digno de muitos elogios da minha parte, pois houve uma adesão muito fiel ao que propusemos nos últimos dias”.

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