Conheça ave que imita mais de 20 espécies e foi até homenageada


Nativo da Floresta Amazônica, um pássaro curioso conhecido como xexéu (Cacicus cela) chama a atenção por conta das habilidades diversas que tem.
Esse pássaro é conhecido por conseguir imitar sons de outros animais, como aves e mamíferos, e por ser um artesão habilidoso na construção de ninhos.
Distribuído em florestas da América do Sul, incluindo Panamá, Trinidad, Peru, Bolívia e Amazônia brasileira, o japiim se alimenta principalmente de insetos, mas também consome frutas e néctar.
Suas características físicas incluem plumagem preta com detalhes amarelos, bico fino e olhos azuis vibrantes.
Além de ser chamado de xexéu, essa ave também é chamada de japu e japiim, pertencente à família Icteridae, que inclui outras espécies como graúnas e chopins.
Os machos e fêmeas são semelhantes, mas os machos tendem a ser um pouco maiores.
Uma característica marcante do japiim é seu comportamento social. Eles são aves gregárias, vivendo em bandos e construindo ninhos em colônias.
Os ninhos são feitos de fibras vegetais entrelaçadas, em formato de bolsa alongada, pendurados em árvores altas, geralmente próximos a colmeias de vespas ou formigas, uma estratégia para proteger os ovos e filhotes de predadores.
A vocalização do japu é alta e variada, incluindo uma série de assobios e gritos que servem para comunicação dentro do grupo.
Ele tem uma habilidade incrível de imitar sons, como os de tucanos, periquitos e até macacos-de-cheiro.
As fêmeas brigam para conseguir os melhores lugares para fazer seus ninhos, garantindo que sejam seguros para os ovos. Já os machos competem entre si, principalmente por meio do canto.
O japiim é um pássaro tão importante que inspirou o nome do bairro Japiim, em Manaus (AM), fundado em 31 de março de 1969. Naquela época, era comum avistar muitos desses pássaros na região.
Existem três tipos de japiim: o Cacicus cela cela, encontrado na Colômbia, Bolívia e Brasil
No Brasil, o xexéu é bastante comum em regiões de florestas tropicais, cerrados e áreas abertas, especialmente na Amazônia e no Pantanal.
A música foi interpretada pela pianista Patrícia Valadão em 2009, durante o recital de mestrado de Isabela de Figueiredo Santos na Escola de Música da UFMG.



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