Interior do Nordeste terá fortes pancadas de chuva.
Na quinta-feira (10), mudanças na circulação dos ventos e a aproximação de massas de ar úmido devem provocar tempo instável, com pancadas de chuva moderadas a fortes em diversas regiões do país, afetando principalmente o interior do Nordeste, o Centro-Oeste e a faixa litorânea do Sul, com risco de temporais e ocorrência de raios.
O país segue com probabilidade de chuva isolada em Aracaju (SE), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Maceió (AL), Porto Alegre (RS) e Salvador (BA).
Há previsão de pancadas de chuva e trovoadas isoladas em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).
Alertas do INMET
Entre os dias 09 e 10 de abril de 2025, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu alertas de risco com níveis amarelo (indicando perigo potencial) e laranja (indicando perigo elevado) para a maior parte do país.
Segundo os avisos, estão previstas chuvas intensas, com precipitações que podem variar de 20 a 60 mm/h (ou de 50 a 100 mm/dia) e ventos que atingirão até 100 km/h, podendo ocasionar alagamentos, deslizamentos, queda de galhos, interrupções no fornecimento de energia, descargas elétricas e, em algumas situações, até granizo.
As regiões Norte e Nordeste serão particularmente afetadas, com impactos fortes em áreas dos estados do Pará e Maranhão, além de locais próximos ao Baixo Amazonas na região do Amapá e partes do Piauí e Ceará.
No Centro-Oeste e em segmentos da Amazônia, os avisos destacam os riscos decorrentes das chuvas intensas, abrangendo áreas de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, bem como trechos da região central que se estendem até o Norte do país.
Nas regiões Sul e Sudeste, os alertas enfatizam o acúmulo de chuva e tempestades que podem vir acompanhadas de granizo, afetando, por exemplo, áreas no Sul Catarinense, no Nordeste do Rio Grande do Sul (inclusive na região metropolitana de Porto Alegre) e localidades da área Sudeste, como partes do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, além de regiões como Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e outros centros urbanos de grande expressão.
Previsão geral para o país
Com a intensificação da Zona de Convergência Intertropical e a movimentação dos ventos, os sistemas de baixa pressão espalharão nuvens carregadas, garantindo ocorrência frequente de pancadas de chuva nesta quinta-feira.
Além disso, áreas que enfrentaram tempo seco nos últimos dias terão suas condições modificadas por correntes de vento quente e úmido, o que facilitará a formação de chuvas, sobretudo no interior dos estados.
Foco no Nordeste
No Nordeste, após um período de precipitações abaixo da média em fevereiro e março, as pancadas de chuva retomam sua frequência com a formação de áreas de instabilidade.
As projeções indicam que, desde o Rio Grande do Norte até o Maranhão, o litoral e o interior de estados como Bahia, Ceará, Piauí e Maranhão receberão chuva moderada a forte, podendo ocorrer temporais com raios, o que pode gerar transtornos às atividades locais.
Situação no Centro-Oeste
O Centro-Oeste, que experimentou dias de tempo seco devido à influência de um sistema de alta pressão, verá uma mudança a partir de quinta-feira.
O deslocamento dessa massa de ar permite que o ar úmido se espalhe sobre Goiás, o Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, intensificando a formação de nuvens e possibilitando a ocorrência de mais pancadas de chuva durante o dia.
Os dados recentes, especialmente os registros de chuvas intensas em áreas como Cuiabá, reforçam esse cenário de instabilidade.
Condições no litoral do Sul
No litoral dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, o relevo aliado à dinâmica das massas frias do oceano está propiciando um cenário de chuvas volumosas.
As previsões apontam para acúmulos que podem ultrapassar 200 mm em 48 horas, especialmente entre terça-feira e quinta-feira.
A região enfrenta ainda o risco de transtornos devido a enchentes e, em alguns pontos, a possibilidade de deslizamentos e queda de árvores, o que exige atenção redobrada.
Além disso, o alerta de ressaca indica que as condições do mar no litoral do Sul podem se agitar, aumentando o perigo para os banhistas e para a navegação costeira.
IG Último Segundo
