China promete permanecer como local ‘seguro’ para investimentos estrangeiros


Bandeira chinesa no distrito financeiro de Xangai
Hector RETAMAL

Bandeira chinesa no distrito financeiro de Xangai

Héctor Retamal

A China promete proteger as empresas americanas e os investimentos estrangeiros, destacou o vice-ministro do Comércio do país asiático, que impôs tarifas de 34% sobre as importações dos Estados Unidos em resposta às tarifas anunciadas por Donald Trump.

As tarifas chinesas “protegem firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas, incluindo as americanas”, declarou o vice-ministro do Comércio, Ling Ji, em uma reunião no domingo com representantes de empresas dos Estados Unidos, informou o ministério nesta segunda-feira.

As contramedidas que entrarão em vigor em 10 de abril, também procuram “recolocar os Estados Unidos no caminho certo do sistema comercial multilateral”, insistiu aos participantes, que incluíam representantes da Tesla, GE Healthcare e Medtronic.

“A raiz do problema das tarifas está nos Estados Unidos”, disse Ling. “A China foi, é e continuará sendo um lugar ideal, seguro e promissor para os investidores estrangeiros”, acrescentou.

O ministro fez um apelo às empresas para que “adotem medidas pragmáticas para manter conjuntamente a estabilidade das cadeias de suprimento mundiais e promover a cooperação mútua e os resultados benéficos para todos”.

A China anunciou tarifas de 34% sobre as importações americanas na sexta-feira, em resposta às mesmas tarifas impostas pelo presidente americano.

Pequim também acusou Washington de menosprezar as normas comerciais internacionais. “Os Estados Unidos praticam a hegemonia em nome da reciprocidade, sacrificando os interesses legítimos de outros países para servir seus próprios interesses egoístas e colocando as prioridades americanas acima das normas internacionais”, lamentou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

“É um caso típico de unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica”, destacou em coletiva de imprensa, acusando Washington de querer “privar os países, em particular os do Sul, de seu direito ao desenvolvimento”.

A China é o terceiro destino das exportações dos Estados Unidos, com vendas no valor de 144,6 bilhões de dólares em 2024. Ao mesmo tempo, o país asiático vendeu para os Estados Unidos produtos avaliados em 439,7 bilhões de dólares.



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