Vaticano
Na tarde desta quarta-feira (7), por volta de 16h, a fumaça preta saiu da chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, confirmando que os 133 cardeais eleitores não chegaram ao consenso para escolher o novo papa. O processo segue nesta quinta-feira (8), com até quatro votações programadas no dia.
Em qualquer uma das votações do dia poderá ser comunicada a escolha do papa por meio da fumaça branca, porém, caso não ocorra concenso, haverão apenas dois momentos que sairá a fumaça preta. As votações, no horário de Brasília serão realizadas às:
- 5h30: resultado da primeira votação do dia. Caso seja definido o novo líder da Igreja Católica, sairá a fumaça branca da chaminé, caso contrário nada acontece e o cronograma segue;
- 7h: mais uma votação acontece no dia e, caso o papa seja escolhido, sairá a fumaça branca. Nesse momento, caso não seja definido, sairá a primeira fumaça preta do dia e o conclave segue acontecendo;
- 12h30: nesta terceira rodada de votações, a fumaça branca define o escolhido, caso contrário não será liberada fumaça nenhuma;
- 14h: por fim, na quarta votação, caso o papa seja escolhido será expelida a fumaça branca, caso contrário, novamente haverá a fumaça preta que indica mais um dia do rito.
Caso não haja definição, a fumaça preta será liberada.
Demora na primeira votação
A primeira fumaça preta saiu cerca de três horas após o início do conclave. Na espera, cerca de 45 mil pessoas aguardaram ansiosas o resultado na Praça São Pedro.
A eleição de um papa exige dois terços dos votos (89 de 133). No primeiro dia, é comum que os cardeais usem votos simbólicos para homenagear colegas, o que torna a escolha imediata improvável.
No caso de Francisco, por exemplo, a eleição foi decidida no segundo dia de votações.
Apesar disso, as votações iniciais ajudam a identificar possíveis candidatos em destaque.
Paramentos papais, na “Sala das Lágrimas”
Como acontecem as votações:
Os cardeais realizam duas votações pela manhã e duas à tarde todos os dias. Se após três dias não houver acordo, as votações são interrompidas por até um dia para oração, debates entre os eleitores e uma breve reflexão espiritual conduzida pelo cardeal mais antigo da ordem dos diáconos.
A votação é retomada, então. Se após sete votações o papa não for escolhido, ocorre nova pausa para oração e diálogo, liderada pelo cardeal mais antigo da ordem dos padres.
O processo recomeça com mais sete votações. Se ainda não houver decisão, outra pausa é feita sob orientação do cardeal mais antigo da ordem dos bispos, seguida de até sete votações extras.
Caso persista o impasse, um dia é dedicado à reflexão. Nas votações seguintes, a escolha passa a ser entre os dois nomes mais votados na rodada anterior.
Nessa fase, os dois cardeais finalistas não podem votar, mas a eleição ainda exige maioria qualificada de dois terços dos presentes.
IG Último Segundo