
Favela do Moinho, na região central de São Paulo
A Caixa Econômica Federal divulgou, nesta sexta-feira (15), a lista das primeiras 453 famílias da Favela do Moinho, em São Paulo, que serão beneficiadas com novas moradias.
Os imóveis serão integralmente pagos pelo poder público, por meio da Compra Assistida do programa Minha Casa, Minha Vida. As novas casas haviam sido anunciadas em junho.
As famílias contempladas já podem adquirir novos imóveis, no valor de até R$ 250 mil, em qualquer localidade do estado de São Paulo. Desse total, R$ 180,5 mil são custeados por meio do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) do programa e R$ 70 mil vêm do governo de São Paulo.
As habilitadas têm até um ano (12 meses) para apresentar a documentação necessária e indicar a moradia de sua preferência. Caso a família opte por um imóvel na planta, a entrega deve estar prevista para um prazo de até dois anos (24 meses).
As famílias contempladas nesta sexta-feira têm renda mensal bruta de até R$ 4,7 mil (faixa 2 do Minha Casa, Minha Vida) e eram moradoras da Favela do Moinho até 2 de novembro do ano passado, conforme cadastro feito pelo governo de São Paulo.
Novos candidatos serão habilitados e terão seus nomes divulgados nas próximas semanas, segundo o Governo Federal.
A lista das famílias beneficiadas pode ser consultada no site da Caixa.
Retirada de famílias
A Favela do Moinho fica no bairro de Campos Elíseos, região central de São Paulo. É uma das últimas grandes ocupações irregulares no centro da capital paulista, com histórico marcado por incêndios, denúncias de abandono e falta de infraestrutura.
Em 22 de abril deste ano, o governo estadual iniciou a transferência das primeiras famílias moradoras do local, apesar das objeções de moradores.
Na época, foi questionada a viabilidade do auxílio-moradia oferecido, já que o valor, de R$ 800 mensais, não seria suficiente para cobrir o aluguel no centro da cidade, obrigando os moradores a procurarem imóveis em regiões periféricas.
No final de julho, o governo de São Paulo anunciou que já havia retirado 441 famílias da área – equivalente a mais da metade do total que morava na região no começo da operação.
Segundo a gestão estadual, até aquela data, 806 famílias já haviam aderido ao programa que garantia novas moradias. Dessas, 615 já tinham um local de moradia selecionado ou, no caso de famílias que escolheram aguardar unidades em construção, opção de atendimento por carta de crédito individual. Nesse caso, as famílias recebem R$ 1,2 mil mensais, além de R$ 2,4 mil de caução para a mudança, que é feita pelo governo estadual.
IG Último Segundo