Blocos de BH fazem ‘Cortejo da Tornozeleira’ contra Bolsonaro


Festa ocorreu em Belo Horizonte
Reprodução/Instagram

Festa ocorreu em Belo Horizonte

Blocos carnavalescos de Belo Horizonte promoveram neste sábado (19) um cortejo em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal que  impôs o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro(PL).

A manifestação foi intitulada “Cortejo da Tornozeleira” e reuniu cerca de 150 pessoas na Praça da Estação, no centro da capital mineira, de onde partiu em direção à Rua Sapucaí, no bairro Floresta.

A medida do STF foi tomada na sexta-feira (18) e incluiu restrições como a proibição de uso de redes sociais e o impedimento de sair à noite.

A decisão está relacionada à investigação da Polícia Federal sobre uma possível tentativa de fuga e pedido de asilo nos Estados Unidos por parte do ex-presidente.

O evento não teve uma organização central. Surgiu de forma espontânea entre integrantes de blocos carnavalescos por meio de conversas em aplicativos de mensagens e publicações nas redes sociais.

Os participantes foram convocados a comparecer com instrumentos e vestimentas nas cores verde e amarela.

Blocos como Volta Belchior e Sou Vermelho, entre outros, estiveram representados entre os foliões, que se concentraram a partir das 10h da manhã.

O deslocamento do cortejo começou por volta de 12h30, com a presença de instrumentos de percussão e metais, típicos das apresentações de rua.

O símbolo do cortejo foi um estandarte em formato de pé com uma tornozeleira eletrônica, decorado com a bandeira brasileira. A ideia surgiu nas redes sociais e foi concretizada na véspera do evento.

A organização divulgou previamente músicas a serem executadas durante o trajeto, incluindo “Vou Festejar”, composta por Jorge Aragão, Dida e Neoci Dias.

O evento foi uma resposta imediata à decisão do STF. Os blocos destacaram o caráter de luta do carnaval de rua da cidade, que costuma incorporar temas políticos e sociais em suas apresentações.

A iniciativa combinou elementos típicos do carnaval com manifestação política, mantendo a estrutura de cortejo e incluindo música, dança e referências a símbolos nacionais.

As cores verde e amarela, geralmente associadas à bandeira, foram usadas com o objetivo de ressignificação dentro do contexto da manifestação.



IG Último Segundo