Nos primeiros meses de 2025, houve redução das queimadas no Brasil
As queimadas no Brasil em 2024 atingiram uma área 79% maior do que o ano anterior, em cerca de 30 milhões de hectares, de acordo com dados do MapBiomas, uma rede colaborativa de ONGs, universidades e empresas especializadas. Como comparação, a região devastada ultrapassa o tamanho do território da Itália.
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), grande parte dos incêndios florestais foi causada por atividades criminosas. O órgão multou 242 pessoas por crimes ambientais relacionados às queimadas.
“O Ibama identificou e está punindo 242 pessoas por conta desses grandes incêndios criminosos em 2024. Outros casos ainda estão sob análise. Esses 242 incluem multas e outras medidas administrativas que somam mais de R$ 460 milhões”, afirmou nesta quinta-feira (8) o diretor de Proteção Ambiental da autarquia, Jair Schmitt, em coletiva de imprensa para apresentar dados sobre desmatamento e incêndios nos primeiros meses de 2025.
Seca extrema
A extensão dos incêndios foi agravada por uma seca severa, especialmente na Região Norte, a partir de uma combinação entre os efeitos do fenômeno El Niño e o aquecimento das águas do Atlântico Norte.
“Com a seca na Amazônia, a floresta fica mais vulnerável, e aí os incêndios foram de magnitude muito maior”, explicou o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima.
Queimadas em 2025
Segundo o secretário, no ano de 2025 já se observa redução de incêndios nos dois biomas mais castigados nos últimos anos: queda de até 70% nos focos de calor da Amazônia, entre janeiro e abril, e de mais de 90% no Pantanal.
Apesar da situação climática mais favorável, o governo verificou um aumento dos focos de desmatamento tanto na Amazônia quanto no Cerrado no último mês de abril, o que acendeu um alerta para adoção de medidas que possam reverter o cenário.
IG Último Segundo