Após um mágico início de ano com direito a quebra de tabu na Neo Quimica Arena e título de Supercopa do Brasil sobre o rival Palmeiras, a equipe do São Paulo começa a sofrer as primeiras críticas depois das primeiras derrotas no ano para Ponte Preta e Santos.
Com a saída de alguns jogadores para 2024, o Tricolor naturalmente foi ao mercado e reforçou-se com 4 jogadores. É razoável dizer que o desempenho dos novos jogadores é positivo até aqui: Bobadilla, Erick e Luiz Gustavo vêm tendo boas atuações, e Ferreirinha, que estava devendo, fez sua primeira boa apresentação no último jogo diante da Macaca.
Algumas perdas vêm sendo pouco sentidas dentro do plantel são-paulino. Gabriel Neves não deixou saudades em razão das gratas “surpresas” de Bobadilla e Luiz Gustavo, além de que a lacuna deixada por Beraldo vem sendo preenchida de maneira digna pelos reforços “caseiros” de Diego Costa e Alan Franco.
No entanto, nem todas as lacunas parecem ter sido preenchidas no elenco tricolor, o que deve fazer com que o clube do Morumbis vá ao mercado em busca de se reforçar para algumas posições importantes na equipe.
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LATERAL-ESQUERDO
Com a saída de Caio Paulista, titular da posição em 2023, o São Paulo optou por “promover” Welington a titular do time e confiar em Patryck como seu reserva. Acontece que, assim como já ocorreu com outros treinadores, Patryck não parece inspirar muita confiança e teve poucos minutos (70) na temporada até então.
Essa pouca utilização do reserva constrasta com a minutagem em excesso de Welington, que é até o momento o atleta que mais minutos jogou (629) no ano pelo Tricolor.
Analisando a alta minutagem que o lateral de 22 anos vem tendo na temporada somada às diversas lesões no elenco são-paulino nesse início de ano, é inevitável chegar a conclusão de que o camisa 6 cedo ou tarde apresentará problemas físicos devido ao desgaste, sendo Patryck a única alternativa para Carpini como lateral-esquerdo de origem.
A não-contratação de um reforço para a posição pode em algum momento colocar a temporada do Tricolor em xeque, visto que uma eventual lesão de Welington jogaria a responsabilidade sobre um jovem de 21 anos com pouquíssimo tempo de jogo entre os profissionais, mesmo tendo sido promovido ao time de cima em 2022.
Outro ponto de atenção é a dúvida em relação a permanência do camisa 6 no São Paulo, já que o clube vem negociando uma renovação com o atleta nos últimos dias, ainda sem um acordo. Seu contrato com o Soberano se encerra no final de 2024, com o jogador podendo assinar um pré-contrato com outra equipe a partir do meio do ano.
Vale lembrar que Moreira também poderia ocasionalmente atuar na lateral-esquerda, posição em que ele jogou em diversos momentos de sua formação nas categorias de base. Porém, com as constantes dúvidas em relação as situações físicas dos seus companheiros de posição (Igor Vinicius e Rafinha), Moreira deve ser utilizado pela direita ao longo do ano.
CENTROAVANTE
O início de 2024 de Jonathan Calleri não é bom. Com apenas 1 gol em 7 jogos disputadas, o atacante vem apresentando dificuldades, apesar de sua habitual dedicação em campo. Entretanto, o cerne desta questão é o mesmo do caso de Welington: a alta minutagem.
O argentino até aqui é o segundo atleta do elenco com mais minutos (614) em campo em 2024, e uma lesão do jogador seria um grande problema para Carpini.
David, Erison e Pato chegaram a ser testados com Dorival nessa função, mas não brilharam e estão fora do elenco. Galoppo foi improvisado como um 9 por Rogério Ceni e foi bem, mas não repetiu as boas atuações na posição com Carpini. O treinador aliás parece preferir o camisa 14 atuando como um meia pela esquerda ou como um meia aberto em um tripé de meio-campistas.
Assim como na lateral-esquerda, o São Paulo decidiu apostar e não trouxe um reserva com rodagem para o ataque, confiando no contestado Juan como alternativa para o argentino. O jovem de 21 teria confiança e psicológico para suportar as críticas e assumir a titularidade em caso de lesão do camisa 9?
Aqui, mesmo uma solução “caseira” como a utilização de Lucas ou Luciano (que já disse não gostar de atuar como um 9) não parecem ser a solução ideal para a questão. Apesar de terem mais técnica que Calleri, os dois citados não possuem o forte jogo aéreo do argentino, característica que vem sendo muito explorada pela equipe de Carpini até aqui. Isso posto, a busca por um camisa 9 que consiga atuar como um pivô e com boa presença aérea parece ser a opção ideal.