
Antídoto contra intoxicação por metanol chega ao Brasil nesta semana
O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (4) a compra emergencial de 2,5 mil tratamentos do antídoto fomepizol, utilizado no combate à intoxicação por metanol. O medicamento, que não é de circulação comum, será enviado do Japão e deve chegar ao Brasil ainda nesta semana, segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
“Desde a metade da semana, acionamos, por meio da Organização Pan-Americana da Saúde, produtores internacionais de um outro antídoto chamado fomepizol, que é utilizado para casos de intoxicação por metanol” , afirmou Padilha durante entrevista coletiva.
A medida ocorre em meio ao aumento de casos de envenenamento por bebidas destiladas adulteradas em diferentes estados. O metanol é uma substância altamente tóxica que, mesmo em pequenas quantidades, pode causar cegueira, falência múltipla de órgãos e morte.
Além do medicamento importado, o Ministério também informou que 12 mil ampolas de etanol farmacêutico serão distribuídas a partir da próxima semana como parte de um estoque estratégico para hospitais universitários e centros de toxicologia.
“Com essas 12 mil ampolas nós vamos fazer uma distribuição para os centros de referência de toxicologia espalhados pelo país”, detalhou Padilha.
Segundo o ministro, a Anvisa já repassou aos estados e municípios a lista das 609 farmácias de manipulação com capacidade de produzir o etanol farmacêutico, que pode ser utilizado sob prescrição médica em casos suspeitos.
O Ministério da Saúde reforçou que a recomendação é procurar atendimento médico imediato ao surgirem sintomas como náusea, dor de cabeça, visão turva, fraqueza ou confusão mental, especialmente após o consumo de bebidas de origem desconhecida ou sem registro sanitário.
A pasta também destacou que ações de fiscalização estão sendo intensificadas em conjunto com vigilâncias sanitárias locais e a Polícia Federal, para coibir a produção e comercialização de destilados adulterados.
“Temos garantia para utilizar o etanol nos casos suspeitos, por recomendação médica, acompanhados pelo centro de referência de toxicologia” , reforçou o ministro.
IG Último Segundo