Aliado de Bolsonaro, Zema critica Eduardo e Trump


Romeu Zema (Novo) criticou o tarifaço de Trump
Agência Brasil

Romeu Zema (Novo) criticou o tarifaço de Trump

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou nesta segunda-feira (21) a postura do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as tarifas de 50% impostas sobre produtos brasileiros importados.

Segundo ele, o filho do  ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criou um “problema” para a direita brasileira em prol de evitar a prisão do pai. A fala foi dada em entrevista a um programa do jornal Estadão,

Em meio à crise política, Zema pretende concorrer ao cargo de presidente da República em 2026. Ele deve oficializar a pré-candidatura em 16 de agosto, de acordo com apuração do iG.

Crítica ao tarifaço

Com articulação de Eduardo Bolsonaro, Trump impôs tarifas aos produtos brasileiros
Reprodução/Redes sociais

Com articulação de Eduardo Bolsonaro, Trump impôs tarifas aos produtos brasileiros

No programa ” Papo com Editor “, o governador mineiro afirmou que a atitude de Trump deu um “fôlego” à popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do qual ele faz oposição.

Zema observa erro por parte de Lula ao criticar abertamente Donald Trump na cúpula do BRICS, em 7 de julho, e se aliar a países como o Irã. Porém, na sua visão, o presidente estadunidense errou ao penalizar empresas brasileiras e americanas com a imposição das tarifas. Ele disse ao Estadão que Trump deveria ter retaliado apenas o governo Lula, e não o país.

Para Zema, a reação de Trump prejudica a economia brasileira, e o papel de Eduardo Bolsonaro acabou prejudicando a direita brasileira.

“Houve, em minha opinião, um erro também – que não se justifica – do presidente Trump, de penalizar o País. Ele está penalizando inclusive empresas americanas que estão instaladas aqui, empresas brasileiras, brasileiros que exportam para os EUA. E, realmente, a posição que foi adotada não foi a mais correta pelo filho do ex-presidente” , disse, em entrevista ao Estadão .

Candidatura à Presidência

Zema informou sua decisão de se pré-candidatar à Presidência da República ao ex-presidente Jair Bolsonaro em uma reunião na última semana. Bolsonaro, inelegível até 2030 por decisão do TSE, apoiou a pré-candidatura e defendeu que a direita tenha vários nomes no primeiro turno.

A pré-campanha será centrada em temas como economia liberal, austeridade fiscal, combate à inflação, enfrentamento à corrupção e defesa de valores cristãos.

Zema tem feito críticas públicas ao STF e defende anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Também já declarou que, caso eleito, considera a possibilidade de conceder indulto a Bolsonaro.



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