Funcionários do Vaticano instalam a chaminé no teto da Capela Sistina
Na Capela Paulina, no Vaticano, mais de 30 funcionários e colaboradores leigos e religiosos prestaram juramento de sigilo absoluto sobre o conclave.
O compromisso inclui proibição de revelar qualquer detalhe sobre a eleição papal, mesmo após o fim do processo, sob risco de excomunhão automática reservada à Santa Sé.
O grupo de funcionários que jurou sigilo nesta segunda-feira (5), incluiu sete cerimoniários pontifícios, dois religiosos agostinianos responsáveis pela Sacristia Pontifícia, médicos, enfermeiros e confessores multilingues.
Também participaram ascensoristas do Palácio Apostólico, equipes de limpeza, refeitório, floricultura e serviços técnicos, além de motoristas encarregados do transporte dos cardeais entre a Casa Santa Marta e o local da votação.
Integrantes da Guarda Suíça e da Segurança do Vaticano, como o coronel e um major, completaram a lista de participantes comprometidos com o sigilo.
A cerimônia e as regras
O texto do juramento, lido diante do cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Igreja, destaca: “Prometo e juro observar o segredo absoluto com quem quer que seja que não faça parte do Colégio de Cardeais eleitores, e isso perpetuamente, a menos que receba uma faculdade especial dada expressamente pelo novo Pontífice eleito ou por seus Sucessores, em relação a tudo o que diz respeito direta ou indiretamente à votação e aos escrutínios para a eleição do Sumo Pontífice”.
Todos assinaram pessoalmente o documento, com testemunhas oficiais, e foram alertados sobre a proibição de usar dispositivos de gravação.
A norma que rege o sigilo, a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, foi criada para evitar vazamentos e garantir a neutralidade da eleição.
Desde 1996, o processo inclui não apenas cardeais, mas todos que tenham acesso às áreas restritas durante o conclave.
IG Último Segundo