Polícia Federal prende general Braga Netto por envolvimento em golpe
A defesa de Walter Souza Braga Netto , ex-ministro da Casa Civil e general da reserva , se manifestou sobre sua prisão preventiva na tarde deste sábado (14). Luis Henrique Prata, advogado do militar, afirmou que irá provar que ele não obstruiu as investigações do inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
Em nota, a defesa declarou que se posicionará nos “autos após ter plena ciência dos fatos” que levaram à prisão do ex-ministro.
O comunicado destacou a confiança na observância do devido processo legal e reiterou a intenção de comprovar que não houve qualquer obstrução às investigações.
Braga Netto foi preso na manhã de hoje por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, após um pedido da Polícia Federal. A PF alegou que o general estava tentando interferir nas investigações, colocando em risco a ordem pública.
O ex-ministro é investigado por supostamente liderar ações para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
De acordo com a PF, Braga Netto participou de uma reunião em sua residência, no dia 12 de novembro de 2022, onde planos para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes foram discutidos.
Essas acusações estão entre os elementos que resultaram no indiciamento de 37 pessoas, incluindo Bolsonaro.
Braga Netto e a audiência de custódia
Braga Netto passou por audiência de custódia na tarde de hoje, e o juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha manteve a prisão preventiva do general. Durante o procedimento, o ex-ministro optou pelo silêncio.
A prisão não tem prazo definido, e o general será transferido para o Comando da 1ª Divisão do Exército, em Deodoro, Rio de Janeiro. Ele poderá receber visitas apenas de familiares autorizados por Moraes.
