Advogado criminalista morre em SP após ser achado inconsciente


Luiz Fernando Pacheco morreu aos 51 anos
Reprodução/OAB

Luiz Fernando Pacheco morreu aos 51 anos

Luiz Fernando Pacheco, advogado criminalista de 51 anos, foi encontrado inconsciente na madrugada desta quarta-feira (1º) em uma rua do bairro de Higienópolis, na região central de São Paulo, e morreu pouco depois no Pronto-Socorro da Santa Casa de Misericórdia.

Segundo testemunhas, Pacheco apresentava convulsões e dificuldade para respirar antes de ser socorrido. A Polícia Militar e o SAMU foram acionados, e ele foi levado ao hospital, onde morreu por volta das 1h40.

O advogado estava desaparecido desde terça-feira (30), após cerca de 36 horas sem contato com familiares e amigos. Um boletim de desaparecimento foi registrado na Delegacia de Polícia Eletrônica.

A identificação do corpo, sem documentos no momento do encontro, foi confirmada por exame papiloscópico no Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt, vinculado à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte, com encaminhamento à DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa). Hipóteses iniciais apontam para mal súbito ou exposição ambiental, e não há indícios de crime até o momento.

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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou ao Portal iG:

“A Polícia Civil investiga a morte de um homem, de 51 anos, encontrado sem vida na madrugada desta quinta-feira (2), em Higienópolis, região central da capital. Policiais militares foram acionados para atender a ocorrência e, no local, foram informados por uma testemunha que a vítima havia passado mal na rua, apresentando dificuldades para respirar. O homem foi levado pelo Samu ao P.S da Santa Casa, mas não resistiu. Ele tinha um B.O de desaparecimento registrado no dia 30 de setembro. O óbito foi registrado como morte súbita pelo 78º DP. As investigações seguem para esclarecer os fatos.”

Pacheco era sócio-fundador do Grupo Prerrogativas e conselheiro da OAB-SP. Atuou em casos de grande repercussão, incluindo a defesa de José Genoino no processo do Mensalão (Ação Penal 470).

Nos últimos 20 anos, concentrou sua atuação na área criminal e presidiu a Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP na gestão 2022/2024.

OAB lamentou

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) decretou luto oficial de três dias em sinal de pesar. O presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, declarou:

“Pacheco sempre exerceu a advocacia com firmeza, seriedade e respeito às instituições. Era uma referência na defesa das prerrogativas e um nome importante na vida institucional da OAB. Sua ausência será muito sentida.”

O presidente da OAB-SP, Leonardo Sica, também manifestou solidariedade a familiares, amigos e colegas da advocacia paulista.



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