a PLACAR de outubro chegou


Renato Augusto, Deyverson, Zico e mais: a PLACAR de outubro chegou
Reprodução: Placar

Renato Augusto, Deyverson, Zico e mais: a PLACAR de outubro chegou

Capa da PLACAR de outubro

Chegou a PLACAR de outubro! A edição do mês já está disponível na loja oficial da revista no Mercado Livre e chega às bancas de todo o país a partir da próxima sexta-feira, 20, com Renato Augusto em destaque. O ídolo alvinegro de 35 anos é a principal esperança de dias melhores no Corinthians em meio a uma temporada inglória. Em uma reveladora entrevista, Renato falou sobre a identificação com a torcida corintiana e seu desejo de renovar contrato, mas avisa: “Não quero ser um peso”.

Em mais uma edição quente e variada, PLACAR traz mais duas entrevistas de peso: com o atacante Deyverson, o maluco no pedaço do futebol brasileiro, que diz viver sua melhor versão pelo Cuiabá, e também o inigualável ídolo Zico, o grande craque da geração PLACAR, que relembrou seus 70 anos de vida em fotos históricas publicadas pela revista.

A revista ainda traz reportagens sobre as campanhas dos finalistas brasileiros nas competições da Conmebol — o Fluminense de Fernando Diniz, Cano e companhia, que encara o Boca na decisão da Libertadores, e o Fortaleza, que também busca uma taça inédita, a da Sul-Americana, diante da LDU.

Na seção Prorrogação, destaque para um trecho do livro Sua Alteza, Príncipe Danilo – Primeiro e Único, de André Felipe de Lima, sobre Danilo Alvim, ídolo do Vasco, lembranças de Marinho Peres, craque de Portuguesa, Santos, Internacional e Palmeiras, o “zagueiro que nos ensinou a linha de impedimento”, e uma coluna especialíssima escrita pelo músico Charles Gavin, do Titãs.

Confira, abaixo, a carta ao leitor e garanta a sua edição do mês:

O jogo da variedade

Um é calado, quase melancólico, de poucos sorrisos. O outro gosta de falar, é só alegria e não cansa de gargalhar. Não haveria jogadores mais apartados do que Renato Augusto, do Corinthians, e Deyverson, do Cuiabá. A redação da PLACAR achou que seriam excelentes personagens para ocupar as páginas de uma revista que preza, desde 1970, pela variedade de histórias e personalidades. Coube aos repórteres Klaus Richmond e Leandro Miranda entrevistar a dupla, em momentos separados. Vale a pena saber o que Richmond e Miranda observaram das conversas:

“Renato Augusto é um daqueles fora de série que sempre quisemos entrevistar. Ele chegou sério ao local reservado para a entrevista no CT Joaquim Grava. Cumprimentou cada um dos presentes com educação e emudeceu, como uma criança pronta a obedecer qualquer orientação. É mais tímido ou reservado, depende da leitura, mas foi profundo a cada análise. Em meio a entrevista, em uma breve pausa para ajuste de câmera, teve a delicadeza de perguntar: ‘estou falando muito? Querem que eu seja mais objetivo nas respostas?’. Claro que não, Renato. Ele fala, assim como joga, bem distante do lugar-comum. Fez análises profundas de tudo, tocou em temas sensíveis ao futebol. Foram quase duas horas, contando o ensaio fotográfico e produção para redes sociais. Não reclamou um “a” sequer. Chegou ao entardecer e foi embora já de noite.”

“Deyverson foi ao nosso encontro de boné para o lado, tênis com detalhes dourado-reluzente, todo sorridente e mexendo com todos que passavam pelo caminho do hotel que o entrevistamos em Atibaia. É genial, também, mas de outra forma: pela sinceridade de criança. Riu o tempo todo, abraçou os jornalistas em meio as respostas, chorou, brincou, atendeu uma ligação telefônica no meio da gravação. Voltou pedindo desculpas –sempre regado por risos. Desejou melhoras para pessoas que estão doentes, admitiu falhas, provocou Gabigol… Na hora das fotos, trocou a camisa, de improviso. É um legítimo e agradável menino maluquinho.”

Como de hábito, de conversas bem conduzidas, brota a riqueza de detalhes, a minúcia e o invisível, aquilo que raramente vem à tona. Aqui, em PLACAR, portanto, Renato Augusto e Deyverson se desnudaram como nunca, em depoimentos que darão o que falar. Ah, e tem uma cereja no bolo: um bate-papo exclusivo do editor Luiz Felipe Castro com Zico, o genial Galinho de Quintino do Flamengo e da seleção, figura incontornável que PLACAR viu crescer e aparecer.

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Falamos de variedade aí em cima, não é? Em nome da escolha de temas ricos e diferentes, a edição deste mês de PLACAR vem com outras três três joias. O titã Charles Gavin – que chegou a passar em uma peneira no São Paulo e só não seguiu em frente porque o pai, corintiano, preferiu não pagar para ver – escreveu um artigo que já nasce clássico, em defesa da diversidade e igualdades de direitos para todos. Ele parece tratar de esporte, da paixão pelos clubes, mas mexe mesmo é com as coisas da vida fora de campo. Vá até a página 64 para rir e se emocionar. É o que pretende uma outra exclusividade de PLACAR, de imenso sucesso no site da revista há três anos, com mais de 150 textos: a coluna do Comentarista do Futuro, criada e escrita pelo jornalista carioca Claudio Henrique, um craque de soluções inesperadas. Quando a pandemia de Covid-19 paralisou o planeta, interrompeu os campeonatos e fechou os estádios, as emissoras de televisão tiveram de ocupar os horários nas grades com partidas antigas.

A “sacada” foi passear pela memória do esporte – e lá foi o cronista de volta ao passado, como se publicasse o texto na época dos jogos de ontem, mas dando spoilers sobre o futuro. “É como se fosse um espelho retrovisor diferente, que olha o passado para enxergar o futuro”, diz Claudio Henrique. E, invariavelmente, um fato recente inspira a escolha do momento visitado, com a ajuda de uma máquina do tempo. Vá lá, na pág. 53 – ou no site, claro – para acompanhar a inigualável brincadeira, em texto bem escrito e bem humorado, cujo ícone é o simpático astronauta que você vê aí ao lado. É fino. Desta vez, o Comentarista foi a 1993, para seguir Radar 1 x 0 Bangu no futebol feminino, que terminou em pancadaria. É uma aula de história e de grito contra o preconceito. Vale a pena. E, por fim, mas não por menos, saboreie o passeio do poeta e jornalista (bom de bola, de verdade) Hélio Alcântara em torno de uma das fotografias mais celebradas de PLACAR, feita por Ronaldo Kotscho, o “Alemão” – a do suor a pingar do rosto do lateral-esquerdo Vladimir, do Corinthians dos anos 1970 e 1980, o atleta que mais vestiu as cores do time do Parque São Jorge (leia na pág. 62) . Alcântara foi escolhido com cuidado. Ele é autor do livro Wladimir – O Capitão da Democracia Corintiana. Obrigado por ter PLACAR sempre a seu lado, e até novembro.



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