Um relatório do Centro Nacional de Cibersegurança da Lituânia publicado na semana passada afirma ter identificado essa opção, que estaria desligada, mas que poderia ser “ativada a qualquer momento”.
“Contestamos a caracterização de certas conclusões, mas estamos contratando um especialista independente para avaliar os pontos levantados no relatório“, disse um porta-voz da Xiaomi, segundo a agência de notícias Reuters.
A fabricante chinesa não especificou em sua declaração qual a organização independente deve realizar a avaliação. Um porta-voz da empresa disse à Reuters que essa instituição tem sede na Europa.
A empresa disse que usa um software de publicidade para proteger os usuários de conteúdos como pornografia e referências que possam ofender usuários locais, o que, segundo ela, é padrão no setor.
O que diz o relatório da Lituânia
O Centro Nacional de Cibersegurança da Lituânia diz ter examinado uma série de celulares e encontrado um software no modelo Mi 10T 5G, principal aparelho da Xiaomi, que poderia detectar e censurar termos como “Tibete Livre”, “Viva a independência de Taiwan” ou “movimento democrático”.
No documento, também foi dito que mais de 440 termos poderiam ser censurados pelos aplicativos instalados no telefone, incluindo o navegador de internet.
Na Europa, esse recurso de censura de frases ou palavras dos smartphones estaria desligado, mas o relatório afirma que ele pode ser reabilitado remotamente “a qualquer momento”.
O relatório também aponta falhas de segurança em telefones de outra fabricante chinesa, a Huawei.
No mês passado, a China exigiu que a Lituânia retirasse seu embaixador de Pequim e disse que, por sua vez, chamaria de volta o seu enviado diplomático de Vilnius, a capital do país localizado na Europa.
A disputa começou quando Taiwan anunciou que abriria Escritórios de Representação na Lituânia.
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Fonte: G1