Home › Tecnologia › Qual a hora certa de dar celular às crianças? Veja o que diz a ciência
Imagem: Bruce Mars/Unsplash/Reprodução
Saber a hora certa de dar um celular para as crianças nem sempre é algo simples. Cravar uma idade ideal é mais complexo ainda: tudo depende do contexto e desenvolvimento de cada indivíduo.
Mas especialistas estão perto de alcançar um consenso sobre o melhor momento para os baixinhos conquistarem seu smartphone próprio. Spoiler: não há uma resposta certa, mas um check list para avaliar o nível de independência e “maturidade” da criança.
Até pouco tempo atrás, estudos sugeriam que os responsáveis dessem o primeiro celular a partir dos 13 anos. Mas isso já ficou para trás. “É ingênuo neste momento pedir para esperar”, disse Catherine Pearlman, pesquisadora e autora do livro “First Phone” (“Primeiro Celular”, na tradução literal, sem edição no Brasil), ao jornal Washington Post.
Depois da pandemia, e com a aceleração da tecnologia, fez menos sentido ainda evitar que as crianças tivessem seus próprios dispositivos eletrônicos. Um estudo lançado em agosto pelo norte-americano Pew Research mostra que 95% dos adolescentes entre 13 e 17 anos já têm acesso a um smartphone.
Check list do celular
E agora, como saber quando as crianças estão prontas para ter seu próprio celular? Segundo Pearlman, comece respondendo a essas perguntas:
- Como a criança/adolescente lida com a tecnologia atual? Ela obedece aos limites de tempo de tela para tablets e videogames?
- A criança/adolescente demonstra bom senso em outras partes da vida?
- A criança/adolescente assume responsabilidades mais adultas, como trabalhos de meio período ou tarefas extras (domésticas, na escola, etc.)?
- Os pais e responsáveis confiam que a criança/adolescente recorrerá a eles com seus problemas e erros?
- A criança/adolescente concorda com as regras sobre como e quando podem usar o dispositivo?
Se a maioria das respostas dessas perguntas for sim, então é provável que a criança ou adolescente esteja pronto para conquistar seu próprio smartphone.
“Certifique-se de que eles estão lidando com as regras e responsabilidades que já existem antes de lançar algo novo”, sugeriu Devorah Heitner, autora do livro “Screenwise: Helping Kids Thrive (and Survive) in Their Digital World” — ou “Telas em Alerta: Ajudando Crianças a Crescer (e Sobreviver) em Seus Mundos Digitais”, na tradução literal, também sem edição no Brasil.
Inteligência emocional
Em caso de dúvidas sobre a estabilidade e amadurecimento emocional dos mais jovens, os pais e responsáveis devem se perguntar:
- Eles são capazes de lidar com pequenos conflitos?
- Eles podem usar a internet sendo responsáveis por suas ações?
- Eles são capazes de lidar com questões sem qualquer impulsividade?
- Eles tiveram problemas com questões que podem ficar maiores ao acessar um smartphone?
As especialistas também sugerem que, antes de comprar o dispositivo, os adultos se preparem para o que vem a seguir. Isso inclui regras básicas como o tempo que passarão em frente às telas, o que poderão ver online e normas de etiqueta e segurança.
Outra recomendação é ativar o modo “Controle dos Pais” e escolher os aplicativos que entrarão no novo smartphone. Lembre-se: a maioria dos apps são criados para pessoas com mais de 13 anos.
Fonte: Gizmodo