Por que power banks e baterias não podem ir despachados no avião?


A atriz Regina Casé precisou deixar o avião em que estava para retirar uma bateria de celular na bagagem despachada. Nas redes sociais, ela contou que teve que percorrer o aeroporto até chegar na mala para remover o acessório, que só pode ser levado na bagagem de mão.

Mas por que é permitido levar power banks e baterias na cabine e não no bagageiro? A explicação está relacionada ao controle de incêndio — que embora seja mais difícil de ocorrer na área das malas, não é facilmente acessível durante o voo, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

A regra vale desde 1º de abril de 2016 e segue determinação da OACI (Organização de Aviação Civil Internacional). A proibição foi baseada após testes e comunicados emitidos pelas três principais fabricantes de aviões (Airbus, Boeing e Embraer), que apontaram que as aeronaves não foram projetadas para combater o fogo proveniente de baterias de íon lítio, chamada de UN 3480.

Esse tipo de bateria é encontrado em pilhas e baterias recarregáveis, câmeras, telefones celulares, computadores portáteis, brinquedos de controle remoto, bicicletas elétricas, carros elétricos, segundo a Anac.

Porém, para levar na bagagem de mão, é preciso atender a alguns requisitos:

  • Bateria deve ser de uso pessoal;
  • Só é permitir levar duas baterias sobressalentes;
  • Devem ser individualmente protegidas de modo a evitar curtos-circuitos.
  • A Anac recomenda o contato prévio com o operador aéreo.
  • Necessita de aprovação prévia do operador aéreo.
  • A bateria de íon lítio não deve ultrapassar 160 Wh enquanto a de lítio metálico deve ter entre 2 gramas até 8 gramas.
A amplitude destas regras contempla muito mais do que power banks e carregadores portáteis de celular — contemplando células de combustível, baterias de cadeiras de rodas motorizadas e até mesmo drones. A lista completa pode ser encontrada no site oficial da Anac.



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