“Mulher-Hulk” chega cheio de humor e carisma, mesmo com GCI ruim

Contagem regressiva para a chegada de “Mulher-Hulk: Defensora de Heróis” (ou “She-Hulk” no original) no Disney+.

A série apresenta Tatiana Maslany como a Mulher Hulk/Jennifer Walters, uma advogada solteira de 30 anos, com um senso de humor único e uma vida um tanto quanto complicada. Na trama, além de trabalhar no meio jurídico, a personagem também é uma superpoderosa Hulk verde de 2 metros de altura. 

E antes que o mundo possa conhecer a heroína, o Gizmodo Brasil assistiu aos quatro primeiros episódios da nova série do Universo Cinematográfico da Marvel.

Enquanto não chega o lançamento, marcado para esta quinta-feira, 18 de agosto, confira abaixo o que sentimos da produção.

Mas atenção, ao ALERTA DE SPOILER!

Para quem está esperando ansioso para assistir “Mulher-Hulk”, se prepare porque a trama vai te arrancar boas risadas. Assim como as outras séries do MCU, a série começa apresentando Jennifer Walters, prima de Bruce Banner, o Hulk dos Vingadores.

De início, a advogada vive a sua vida “comum”, trabalhando em casos mais simples na promotoria. No entanto, sua vida vira de cabeça para baixo após sofrer um acidente. 

Jennifer estava em uma viagem de carro com Bruce, e após tentar desviar de uma nave espacial, os dois perdem o controle e o veículo capota na estrada. É nesse momento que a personagem tem contato com o sangue do primo, e logo se transforma na poderosa Hulk. 

Bruce então tenta ensinar Jennifer a controlar seus poderes, e a leva para um laboratório no meio do nada, em um treinamento que ensina “como ser um Hulk”. E nesse momento, que a trama começa a se desenrolar. Assim como todas as famílias têm os seus desentendimentos, entre os primos verdes e poderosos não seria diferente. Eles protagonizam uma luta emocionante, e ao mesmo tempo engraçada. 

A maioria das produções da Marvel traz a comédia para meio que amenizar a tensão entre os heróis e vilões. No caso de “Mulher-Hulk” é diferente, as falas engraçadas estão inseridas na trama o tempo todo.

Os personagens fazem boas referências aos Vingadores do MCU, tem até uma “propaganda gratuita” de outras séries de streamings concorrentes, além de citar os tuiteiros de plantão. 

Ah, o GCI…

E sim, não podemos deixar de falar do GCI, sigla em inglês para o termo Computer Graphic Imagery, ou seja, imagens geradas por computador, a famosa computação gráfica. Desde do primeiro trailer, esse era um tema polêmico quando se tratava de “Mulher-Hulk”, e foi alvo de diversos comentários negativos dos fãs e crítica especializada. Sim, o GCI não está dos melhores e precisa muito ser melhorado.

Os nerds de plantão fãs da Marvel com certeza vão apontar isso como um ponto negativo da série, e sinceramente: não tem como evitar. Incomoda bastante quando a personagem está próxima de outros humanos, a diferença é gritante.

Se fosse há alguns anos, passaria despercebido e seria perdoado. Mas com a tecnologia disponível hoje, além do dinheiro investido em uma produção dessa, é impossível um detalhe gritante assim passar despercebido. 

Não é à toa que a maioria das cenas são com Jennifer Walters em sua forma normal, como humana. Por outro lado, a trama é engraçada, animada, divertida, vai te arrancar boas risadas com uma comédia leve, além de seguir o ritmo de série de TV mesmo, e não um longo filme da Marvel. Acredito que “Mulher-Hulk” segura tanto o espectador com a história, a rotina de advogada, que algumas pessoas nem vão notar o péssimo GCI. 

A atuação de Tatiana Maslany está impecável, em alguns momentos parece que interpretar a Mulher Hulk/Jennifer Walters sempre foi o seu papel. Mas cá entre nós, é de se esperar! Para quem viveu diferentes clones em “Orphan Black”, dificilmente ela se sairia mal como uma heroína da Marvel.

Na série, Jennifer Walters é contratada por uma firma famosa de advocacia para trabalhar como Mulher-Hulk e ser responsável por cuidar de uma divisão especializada em casos sobre-humanos. Por isso, ela lida com heróis já vistos no MCU o tempo todo.  

É nesse sentido que outros nomes de peso do Universo Cinematográfico da Marvel aparecem em “Mulher-Hulk”. Além de Bruce, a série também trouxe o mago Wong (Benedict Wong) o fiel colega do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch).

Também aparecem na trama Emil Blonsky, famoso vilão Abominável (Tim Roth) que já tentou matar o Hulk no passado, e Mary Macpherran, a vilã Titânia (Jameela Jamil).

App de namoro

Além disso, Jennifer Walters traz para o universo da Marvel os aplicativos de namoro. SIM, os heróis também têm uma vida amorosa e podem namorar. Como já tínhamos noticiado, a heroína ganhou um perfil no Tinder como forma de divulgação da série. Na trama, isso também acontece. 

No entanto, Jennifer é uma mulher de 30 anos solteira com dificuldades para se relacionar com homens. A história fica ainda mais engraçada quando ela se registra no app como Mulher-Hulk, e recebe vários match. Porém, ela passa por boas enrascadas em primeiros encontros, e até largar um boy na sua casa para ir salvar o mundo, o que deixa a história ainda mais engraçada. Além disso, ela precisa lidar com sua família (além do primo Bruce), que é um pouco complicada. 

Que história hein! No geral, acredito que no boca a boca “Mulher-Hulk” tem tudo para conquistar geral e fazer sucesso com o público, se for ignorado o péssimo GCI. A trama é engraçada, a trilha sonora faz total sincronia com a história, a personagem lida com coisas do cotidiano, é gente como a gente (fez até financiamento para terminar a faculdade de direito), além de trazer mais uma mulher ao Universo Cinematográfico da Marvel. 

E aí, ansioso para ver “Mulher-Hulk: Defensora de Heróis”? A nova série da Marvel Studios, chega na plataforma dia 18 de agosto, com novos episódios lançados às quintas-feiras.

Relembre o trailer da produção:



Fonte: Gizmodo