Funcionários da Amazon em Albany pedem sindicalização

Trabalhadores de um armazém da Amazon em Albany, nos Estados Unidos, abriram petição para uma eleição sindical no Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB), informou o próprio órgão ao The Verge. Os funcionários pedem que a unidade de Albany tenha uma organização sindical.

Em abril, um grupo de trabalhadores da Staten Island ganhou uma votação para sindicalizar o armazém JFK8. Porém não conseguiu avançar com a sindicalização no armazém LDJ5 também em Staten Island no mês de maio.

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Esse primeiro passo motivou o grupo de funcionários de Albany a pedir a realização de um conselho sindical. Cerca de 400 funcionários do armazém estão sendo organizados pelo Sindicato Trabalhista da Amazon (ALU na sigla em inglês), o mesmo que organizou as votações do armazém de Staten Island. Para a aprovação do pedido é necessário que 30% dos funcionários votem a favor da petição.

O National Labor Relations Board (NLRB) funciona como um órgão de justiça independente dos Estados Unidos e suas ações são focadas em organizações trabalhistas como sindicatos. Caso o NLRB aprove o pedido dos funcionários de Albany essa será a quarta votação relacionada a sindicatos apenas neste ano.

amazon, funcionário etiquetando produto
Para que a petição avance é necessária a votação a favor de pelo menos 30% dos funcionários. (Imagem: Frederic Legrand – COMEO)

A Amazon tem resistido à aprovação da sindicalização nos armazéns alegando que o processo de organização trabalhista realizado por sindicatos são lentos e burocráticos, conforme falou o CEO Andy Jassy.

“Nossos funcionários têm a opção de aderir ou não a um sindicato”, disse Paul Flanigan, porta-voz da Amazon, em entrevista ao The Verge. “Eles sempre têm. Como empresa, não achamos que os sindicatos sejam a melhor resposta para nossos funcionários. Nosso foco continua sendo trabalhar diretamente com nossa equipe para continuar fazendo da Amazon um ótimo lugar para trabalhar”.

A Amazon demitiu pelo menos seis gerentes do armazém de Staten Island que estavam liderando o movimento sindical na unidade. Após a vitória nas urnas, muitos deles viraram verdadeiras celebridades, inclusive recebendo o apoio de vários políticos tanto de Nova York quanto de outras cidades. Os ex-colaboradores estavam à frente do Sindicato dos Trabalhadores da Amazon, o primeiro formado na história da gigante da tecnologia.    

Segundo os perfis dos demitidos no LinkedIn, alguns eram veteranos da Amazon e tinham mais de seis anos de casa. Eles lutavam por melhores condições de trabalho, principalmente em relação ao cumprimento de protocolos de saúde e segurança, além de reajustes salariais. 

Os líderes sindicais também tinham na pauta de negociação reivindicações para cobrar o pagamento de horas extras e contrárias às constantes pressões que os trabalhadores sofrem para atingirem as metas da empresa.  

Segundo a porta-voz da Amazon, Kelly Nantel, as demissões são resultado de um projeto de mudança na gestão e de contínua busca por melhorias. 

“Parte de nossa cultura na Amazon é melhorar continuamente, e acreditamos que é importante reservar um tempo para analisar se estamos fazendo o melhor que podemos para nossa equipe”, disse.

Imagem: max.ku/Shutterstock.com

Com informações de The Verge, Wall Street Journal e The New York Times

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