O crescimento de ameaças de ataques em escolas nos últimos dias acendeu um alerta: como monitorar o que as crianças e adolescentes acessam pelo celular?
Tilt lista a seguir como mudar configurações no telefone com o sistema operacional Android para que pais e responsáveis possam fazer esse monitoramento mais de perto.
A orientação é que crianças e adolescentes devem ser informados sobre essa decisão com transparência, bem como os objetivos disso, explica Maria Mello, coordenadora do programa Criança e Consumo do Instituto Alana, organização sem fins lucrativos que busca preservar os direitos das crianças.
Como configurar o Android
O Google, dono do Android, oferece recursos para monitorar acessos e downloads de programas, além de filtrar buscas feitas dentro do celular.
O primeiro passo é criar uma conta que seja supervisionada por adultos. Para isso basta pegar o celular e:
- Abrir as configurações
- Depois clique em Google
- Selecione “Controle da família” e em começar
- Toque em “Criança ou adolescente“
- Após clique em “Próxima“
- Selecione a conta da criança ou crie uma conta para ela usar
- Mais uma vez clique em “Próxima“
- Faça o login com sua conta de familiar responsável
- Siga as etapas para configurar a supervisão da conta da criança (é necessário o consentimento da criança durante a configuração)
Google Play
Também é possível restringir o uso de aplicativos do Android, para isso:
- Acesse o Google Play
- Clique em Menu (três barrinhas horizontais) e configurações
- Vá para “Controles de usuário“
- Em seguida, clique em “Controle dos Pais” e ative a opção (será necessário criar um PIN – senha de quatro números)
O adulto poderá decidir a classificação etária de “Apps e jogos”, controlando as compras e downloads.
- Em “Filmes”: é possível também limitar a compra de conteúdos adultos no Google Play de acordo com a classificação que os pais/responsáveis escolherem.
- Em “Músicas”: restringir aquelas com letras de linguagem explícita podem ser restritas.
Uso seguro da internet
Além de contar com a ajuda da tecnologia e dessas ferramentas, há outras maneiras de contribuir com um uso crítico e responsável da internet no ambiente familiar:
- É importante que mães, pais e responsáveis saibam quais são os aplicativos e as plataformas que são utilizadas pelos filhos, além de dialogar com eles sobre os riscos que esses espaços apresentam.
- O tempo de uso das telas, a qualidade e adequação do conteúdo à idade também devem ser considerados e priorizados.
- Incentivar e proporcionar atividades fora das telas e em contato com a natureza é indispensável para a construção de uma relação equilibrada com a Internet.
- Conversar com as crianças e adolescentes sobre a lógica de funcionamento das plataformas, baseada num padrão algorítmico que tende a consolidar fluxos de conteúdo muitas vezes nocivo, por gerar mais engajamento.
*Com informações das páginas de suporte do Google