Como economizar e pagar menos na conta de luz? 3 dicas de especialista


Os reajustes na conta de luz não param de subir. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou alterações recentemente, tanto na tarifa em si (de 18,03% para alta tensão e de 10,15% para baixa tensão) quanto em casos de escassez, quando a alta pode chegar a 63,7% em momentos que a bandeira tarifária estiver vermelha patamar 1.

O brasileiro vem convivendo com essa realidade já faz alguns meses. E, na hora da conta, sempre vem aquela pergunta: como economizar e pagar menos?

A má notícia: a menos que você tenha hábitos realmente ruins (deixar várias luzes acesas, ar condicionado ligado o tempo todo, ferro elétrico sem necessidade…), dificilmente conseguirá diminuir a conta de luz de forma substancial.

O que dá para fazer é, justamente, eliminar esses maus hábitos.

Nós falamos com alguns especialistas e reunimos três conselhos para ajudar nessa difícil missão.

Se gera calor ou frio, use com moderação

É fácil identificar os principais vilões no consumo de energia: são aqueles que usam a eletricidade para gerar calor ou frio.

Essa lista inclui geladeira, freezer, ar condicionado, ferro de passar, chuveiro elétrico, secadora de roupa, entre outros.

“Dependendo da região do país, apontar o aparelho doméstico que mais consome energia trará uma resposta diferente. Em regiões com clima mais quente como Centro-Oeste, Nordeste e Norte do país, os mais gastões são refrigerador, freezer e ar-condicionado. Já em regiões com clima mais ameno e frio, como Sudeste e Sul, são o chuveiro e aquecedor”, diz Silvio Xavier Duarte, professor do departamento de Engenharia Elétrica da FEI.

A explicação para isso é que esses aparelhos, em sua concepção, usam a eletricidade de forma pouco eficiente. E isso não tem a ver com a qualidade do produto em si, mas sim com o fato de que esquentar ou resfriar, seja água ou ar, é um processo que costuma consumir muita energia.

A melhor forma de economizar ao usá-los é, justamente, fazer isso com moderação. Por exemplo: encurtar o tempo do banho, evitar o ar-condicionado em temperaturas muito agressivas e combinar a secagem de roupas na secadora com um tempo de varal.

De olho na instalação

Um aspecto que pouca gente presta atenção é no estado da fiação elétrica do imóvel. Muitas vezes, usa-se a lógica de que “se está funcionando, está bom”, mas a realidade pode ser bem diferente.

Em primeiro lugar, ter uma instalação elétrica bem dimensionada e com os equipamentos corretos é uma questão de segurança.

“Instalações de fios e cabos, quando não são bem feitas, podem causar um aumento significativo da temperatura nos pontos de conexões. Isso pode provocar incêndios, por exemplo”, alerta Duarte.

Além disso, um trabalho mal-feito pode desperdiçar eletricidade.

“Uma instalação elétrica bem projetada é invisível para o morador. Porém, quando mal projetada, pode causar problemas de aquecimento e fuga de corrente, fazendo com que o consumo aumente consideravelmente”, completa Amaral.

Se não estiver usando, desligue

O que você faz quando não está usando um aparelho? A maioria aqui vai responder que desliga, mas será que basta apertar um botão para ele parar de consumir energia?

É o famoso “stand by”, que é mais fácil de ser percebido em aparelhos como as TVs, quando mesmo desligadas elas mantêm uma luzinha acesa. Nessa situação, basicamente, ele desliga boa parte das suas funções, mas se mantém “de prontidão” para ser ligado assim que você desejar.

Esse estado, porém, ainda faz ele gastar energia elétrica.

“Geralmente o consumo nesta situação é muito baixo, mas o problema está na quantidade de horas em que isso ocorre. De forma preliminar, sim, o stand by realmente afeta o consumo, porém, cada caso precisa de uma avaliação”, explica Amaral.

Se o consumo é baixo, não há problemas, certo? De novo: não é bem assim.

Aqui, tudo depende da quantidade de equipamentos que você tem em casa. Normalmente, aparelhos que ficam nesse modo costumam passar mais tempo desligados do que ligados.

“A medição de consumo é feita por hora e, geralmente, se usam aparelhos como TVs por períodos pequenos, como uma ou duas horas por dia. No restante do tempo, ou seja, por mais de 20 horas por dia eles ficam em stand by. Residências que têm muitos aparelhos com esse recurso vão realmente experimentar grandes alterações de conta. Porém, em residências onde existem poucos eletrodomésticos em stand by, isso é bem menos impactante”, complementa Amaral.

Se você tem muitos aparelhos em casa que ficam nesse modo de funcionamento, o melhor a fazer é apenas colocá-los na tomada quando eles forem ser usados.



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