Imagem: NASA/Divulgação
Lembra o enredo do filme “2001: Uma Odisséia no Espaço”, mas está perto de se tornar realidade: uma IA (inteligência artificial) que conversa com pilotos de uma nave espacial.
A NASA está desenvolvendo um modelo de IA semelhante ao ChatGPT que permitirá que naves espaciais atualizem os astronautas sobre as condições do veículo e os auxiliem durante as missões.
O projeto tem participação da pesquisadora brasileira Larissa Suzuki, que trabalha na Google e foi convidada pela NASA para criar o novo sistema.
“A ideia é chegar ao ponto em que conseguiremos conversar com os veículos espaciais e eles responderão de volta com alertas, achados interessantes sobre o sistema solar e assim por diante”, disse ela ao jornal britânico The Guardian. “Isso não é mais ficção científica.”
A agência espacial dos EUA espera usar o sistema para guiar os astronautas em momentos de necessidade, como experimentos ou manobras complexas no espaço. Dessa forma, eles não precisarão recorrer aos manuais técnicos nem ao controle da missão: bastará consultar a IA.
A NASA deve usar um protótipo do modelo na missão lunar Gateway, que pretende instalar uma estação espacial na órbita da Lua. O projeto começa no final de 2024, com conclusão prevista para 2030.
Como o “ChatGPT” da NASA vai funcionar
Com a IA, as missões não tripuladas serão capazes de oferecer informações relevantes sobre as condições da viagem sem a necessidade de intervenção humana.
O sistema ainda poderia detectar automaticamente possíveis erros e falhas, e conseguir se consertar sozinho. “Não podemos enviar um engenheiro ao espaço toda vez que um veículo ficar offline ou seu programa tiver alguma falha”, disse Suzuki.
Um dos desafios é como fazer com que o modelo consiga aprender no espaço sem depender de um supercomputador para processar quantidades gigantescas de dados.
Segundo a pesquisadora, isso permitiria criar uma frota de robôs para sair em busca de água ou minérios em outros planetas. Dessa forma, eles compartilhariam as informações entre si – o que pode significar um grande passo para a exploração espacial.
Fonte: Gizmodo